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Defesa Civil nega risco de colapso de prédios vizinhos ao que desabou




A Defesa Civil do município de São Paulo considera que os prédios vizinhos ao edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na última terça-feira (1), não têm risco iminente de ruir. Cinco imóveis estão interditados pela prefeitura sem prazo para serem liberados. Nenhum deles, no entanto, foi condenado pelo órgão.

“Não há risco iminente de queda, até porque os bombeiros não estariam trabalhando da forma como estão trabalhando. Dia a dia estão sendo colhidas imagens, as trincas, no sentido de manter essa atenção e acompanhamento de eventual evolução das deformidades”, destacou o coordenador municipal em exercício da Defesa Civil da cidade de São Paulo, Edson Ramos de Quadros.

Bombeiros trabalham na busca pelos desaparecidos e retirada dos destroços do prédio que desabou após incêndio da madrugada de ontem (1), em São Paulo, no Largo do Paissandu.
Bombeiros trabalham na retirada dos destroços do prédio que desabou no Largo do Paissandu – Rovena Rosa/Agência Brasil

Dois dos cinco prédios que estão interditados têm danos mais importantes, segundo a Defesa Civil. A calçada de um deles foi interditada para prevenir eventuais quedas de placas de concreto. “Vamos acompanhar a movimentação desses elementos estruturais, mas não estamos considerando o risco de colapso”.

Mesmo o prédio da igreja, que foi parcialmente destruído pelo desabamento do prédio vizinho, não foi considerado em risco pela Defesa Civil. “A igreja, o que tinha para cair, já caiu. Foi a mais atingida, mas não deverá ter nenhuma alteração”, disse o coordenador.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, equipamentos instalados pelo Corpo de Bombeiros em um dos edifícios vizinhos, que também foi atingido pelas chamas, indicaram que houve uma leve movimentação da construção. No entanto, a alteração não indica que o prédio possa desabar.

“O Corpo de Bombeiros detectou com uso de tecnologia uma movimentação ainda muito sensível e vai se reunir com órgãos municipais para ver quais serão as providências que serão adotadas. Ela [movimentação] vem sendo detectada desde a instalação do aparelho. Essa monitoração demonstra que há sim um movimento, mas não é um movimento que sugira que o prédio vá ruir”, disse.

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