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Dia de festa e velórios em Israel, Gaza e Cisjordânia




Dia de festa e velórios em Israel, Gaza e Cisjordânia. Os israelenses comemoram o reconhecimento norte-americano de Jerusalém como a sua capital. Este é o significado da inauguração da nova embaixada dos Estados Unidos (EUA), transferida de Tel-Aviv, onde permanecem as embaixadas de 86 outros países, inclusive a do Brasil.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece na festa via internet, mas está representado por sua filha Ivanka Trump e o genro, Jared, à frente de uma grande delegação que inclui o secretário do Tesouro. Será o momento da explosão de champanhas, entre 11 horas e meio-dia – horário brasileiro.

A explosão da violência está contida na fronteira de Gaza e na Cisjordânia, e começou desde bem cedo, com o número de mortos subindo a cada instante. Esta segunda-feira (14) marca também o aniversário oficial dos 70 anos da independência de Israel, comemorado pelos israelenses há duas semanas, pelo calendário lunar.

Para os árabes, é o dia da Nakba ou a Catástrofe. Nas últimas sete sextas-feiras, os palestinos confrontaram o Exército israelense com a Marcha do Retorno – o retorno de quem fugiu ou foi expulso durante a guerra de independência, iniciada por países árabes que não aceitaram a partilha da Palestina. Pedras contra balas, drones contra pipas incendiárias e o total foi 50 mortos.

Ao amanhecer, a aviação israelense despejou panfletos em árabe pedindo aos palestinos que não saíssem para a manifestação e não tentassem irromper a fronteira com Israel. Inútil: 15 mil atenderam a convocação por Al Kuds, a Santa, o nome árabe de Jerusalém.

As duas últimas decisões de Trump, sair do acordo nuclear com o Irã e reconhecer Jerusalém como capital de Israel, têm o potencial de incendiar o Oriente Médio. A Liga Árabe marcou reunião para quarta-feira (16). E a Al Qaeda proclamou a Jihad, a Guerra Santa, contra os Estados Unidos.

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