Após muita especulação, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos publicou na sexta-feira (8) um novo relatório sobre objetos voadores não identificados (ou OVNIs, como são chamados em português). O documento explora como o governo norte-americano vem lidando com essas ocorrências, e analisa se oficiais poderiam ter acesso a supostas tecnologias extraterrestres. E já adiantamos: a resposta a esta pergunta é um sonoro “não”.
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O novo relatório foi solicitado pelo Congresso norte-americano, e as investigações foram conduzidas pelo Gabinete de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO). Trata-se de uma divisão do Pentágono criada em 2022 para lidar de forma científica com os fenômenos anômalos não identificados (ou UAPs), nome que passou a ser adotado em 2022 para descrever tais fenômenos.
Relatos de supostos encontros com alienígenas, bem como a curiosidade da possibilidade de vida fora da Terra, nos ajudam a entender o porquê de a investigação existir. Se você é um entusiasta do assunto, talvez fique frustrado ao saber que o AARO não encontrou evidências de que qualquer investigação do governo, pesquisa acadêmica ou análise oficial “já tenham confirmado que qualquer avistamento de UAP representava tecnologia extraterrestre”.
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Tim Phillips, diretor interino do AARO, declarou que “o AARO avalia que programas alegados e ocultos de UAPs ou não existe, ou eram programas autênticos de segurança nacional identificados erroneamente, sem relação com exploração de tecnologias alienígenas”. “Muitos sinceramente interpretaram mal eventos reais ou confundiram programas sensíveis dos EUA, para os quais não foram explicados, como se estivessem relacionados ao UAP ou à exploração extraterrestre”, acrescentou.
Vídeos de OVNIs
O governo publicou também novos vídeos de UAPs gravados em diferentes regiões no mundo, bem como as explicações por trás deles. Em comunicado, o AARO disse que “todos os esforços investigativos, em todos os níveis de classificação, concluíram que a maioria dos avistamentos era de objetos e fenômenos comuns e resultado de erros de identificação”.
Por exemplo, o AARO descreveu que um dos vídeos foi feito por um sensor de vídeo MQ-9 no infravermelho, no sul da Ásia, enquanto gravava outro dispositivo semelhante. A análise completa do vídeo, de outras imagens e de voos comerciais na região indicam que, provavelmente, o objeto registrado era uma aeronave comercial.
Entretanto, alguns fenômenos ficaram sem explicação completa. É o caso de uma gravação no Oriente Médio, em que não foi possível descartar que o objeto estivesse exibindo o que foi descrito como “comportamento anormal”. Por enquanto, os oficiais não conseguiram ir além na identificação.
Vale lembrar que os esforços para estudar e identificar os UAPs não estão relacionados à busca por vida fora da Terra, mas sim a questões militares. Em um relatório sobre o assunto publicado em 2021, o Pentágono destaca que “os UAP também podem representar um desafio à segurança nacional se forem plataformas de coleta de adversários estrangeiros, ou se fornecerem evidências de que um adversário em potencial tenha desenvolvido uma tecnologia inovadora ou disruptiva”.
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Fonte: Canaltech
