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Inovação exponencial e a disrupção acelerada da economia




Inovação exponencial e a disrupção acelerada da economia - 1

A Lei de Moore nos mostrou que os processadores duplicavam sua capacidade de processamento, em média, a cada 18 meses. A economia se digitaliza e começa a viver seu próprio fenômeno exponencial.

Nas áreas de inovação de grandes empresas busca-se criar ambientes livres, onde todas as ideias possam circular sem preconceitos, as falhas sejam toleradas e haja espaço para inovações exponenciais acontecerem.

Nesses ambientes, quantidade é melhor que qualidade por uma simples questão matemática: quanto mais ideias diversas, mais oportunidades de combinação para a criação de uma solução.


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Mesmo enfrentando resistências culturais, políticas e organizacionais, o avanço exponencial é “uma escolha que já foi feita”, parafraseando o filme Matrix. A inovação exponencial mira saltos gigantes ou moonshots.

Atirar em direção à lua é para loucos ou visionários. Afinal, quem vai empregar seu tempo e energia com algo que é inalcançável? A resposta abrange todos os inventores, criadores originais e fazedores do que nunca havia sido feito.

Inovação não é feita apenas de ousadia, mas também de preparo, resistência à frustração, crença na própria capacidade de superar adversidades e enxergar engrenagens em um mar de complexidade.

É o pensamento que guiou o primeiro foguete lançado em direção — justamente — à lua. O presidente dos EUA à época, John Kennedy, justificava que a NASA conseguiria levar um homem ao espaço dizendo “Nós não sabemos ainda exatamente como faremos, mas faremos”.

Iniciativas de inovação buscam compreender ecossistemas conversando com todos os atores possíveis, desde pesquisadores nas universidades, hubs de inovação, empresas consolidadas, startups e comunidades.

O profissional que deseja ser um “arquiteto de inovação” deve conseguir alinhar tecnologias que avançam exponencialmente às decisões estratégicas para criar arquiteturas de negócios, flexíveis o suficiente para se adaptarem às mudanças aceleradas da economia.

Embora o avanço exponencial da tecnologia possa ser um catalisador da inovação também nas áreas biológicas humanas, gerando discussões sobre o “transhumanismo”, por exemplo, é mais provável que tenhamos que lidar antes com as consequências da inovação na economia, mudando o trabalho, as organizações e a distribuição de riquezas no mundo.

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O blockchain pode ser capaz de alterar a forma como realizamos transações na internet (Imagem: Pixabay)

Nesse sentido, é preciso olhar para os modelos econômicos atuais, criados na era industrial e estão sendo quebrados, em grande parte, pela combinação de tecnologias relacionadas à Inteligência Artificial e ao blockchain.

Uma nova geração de plataformas P2P (peer-to-peer ou pessoa-a-pessoa) deve surgir e cadeias inteiras de negociações garantidas por intermediários devem ser desmonetizadas e dar lugar a contratos autônomos programáveis.

Organizações nascidas no blockchain devem continuar surgindo e ganhar importância. Elas buscam dar transparência, romper hierarquias, reduzir burocracias, diminuir corrupção e dar liberdade descentralizada aos agentes em redes.

Ainda há certa desconfiança de como “organizar uma organização” sem agentes centrais ou hierarquias, regida por contratos pré-programados. É provável que a resposta surja à medida que novos protocolos sejam estabelecidos.

A própria internet enfrentou desconfianças em relação ao protocolo TCP/IP que é hoje a infraestrutura mais básica de telecomunicações. Talvez novos protocolos públicos tenham que ser estabelecidos para que agentes econômicos adotem novas regras para transacionar.

Protocolos são regras de comunicação e transação criadas sobre a infraestrutura disponível. O mundo mudou muito depois da criação do TCP/IP. Agora, a tecnologia blockchain cria uma camada de infraestrutura, capaz de alterar as regras de transações em toda a internet.

Regras que fomentam o jogo colaborativo e pavimentam o caminho para a inovação exponencial da economia

Usar tecnologias exponenciais para inovar e criar arranjos econômicos improváveis tem muito a ver com a experimentação de uma contracultura. É preciso desafiar a cultura atual para tentar o novo.

É preciso aproveitar as oportunidades, entendendo como convergências e combinações tecnológicas criam  modelos e arranjos econômicos para transformar também a economia em um fenômeno exponencial.

Líderes de organizações preparadas para as disrupções da economia praticam educação tecnológica, têm adaptabilidade radical, sabem combinar tecnologias e usar criatividade para criar  arquiteturas de negócios, confrontam culturas obsoletas e convivem perfeitamente em um mundo repleto de máquinas – mais inteligentes do que eles mesmos. Se quiser saber mais acesse EconomiaExponencial.com.br.

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Fonte: Canaltech

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