Brasil

Manifestantes acendem velas para Marielle e Anderson no Brasil e no exterior




Rio de Janeiro - O ato Luzes para Marielle e Anderson reúne manifestantes no Largo do Machado. O público compareceu segurando velas e lanternas (Vladimir Platonow/Agência Brasil)

O ato Luzes para Marielle e Anderson reúne manifestantes no Largo do Machado. O público compareceu segurando velas e lanternas – Vladimir Platonow/Agência Brasil

Um ato realizado no Rio de Janeiro, com edições em diversas cidades do Brasil e até no exterior, lembrou o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março. Pessoas levaram velas e lanternas a locais públicos como praças e ruas, no evento intitulado Luzes para Marielle e Anderson.

No Rio, uma das maiores concentrações aconteceu no Largo do Machado, na zona sul, onde foram penduradas fotos da vereadora e produzidos cartazes com frases pedindo justiça ao crime, que completou 19 dias ainda sem solução.

“É uma homenagem a eles. Foi um assassinato brutal, uma coisa absurda, uma monstruosidade contra uma pessoa que só lutava pelo bem. Está muito difícil de desvendarem isso. Eu tenho esperança, mas não acredito muito não”, disse a bióloga Heloisa Coelho, que foi ao ato juntamente com a filha.

Para outras pessoas, a morte de Marielle está inserida em um contexto de radicalização política, como defendeu o professor universitário Evandro Vieira Ouriques. “É mais um fato que se encaixa nesta direção. A sociedade precisa fazer uma autocrítica, de maneira a deixar de aderir ao fascismo”.

No Rio, foram pelo menos 15 atos em vários bairros. Também houve manifestações semelhantes em Niterói. Segundo os organizadores do evento, convocado pela internet, ocorreram atos em cerca de 160 cidades do Brasil e em 15 países, entre eles Portugal, Estados Unidos e França.

Marielle e Anderson foram mortos a tiros, na noite do dia 14, no bairro do Estácio, após deixarem a Lapa, onde ela participou do seu último ato político. As investigações seguem em sigilo. O secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, falou que os indícios apontam para um crime com motivação política.

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