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Chinês de 19 anos se torna o paciente mais jovem a desenvolver Alzheimer




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Um estudo publicado no periódico Journal for Alzheimer’s Disease no último dia 31 revelou o paciente mais jovem a desenvolver Alzheimer: um chinês de 19 anos. Já na adolescência, mais precisamente aos 17, ele começou a apresentar perda gradual de memória, dificuldade de concentração, reações atrasadas e até dificuldades de leitura.

Para entender melhor o quadro, os pesquisadores realizaram extensos testes até chegar ao diagnóstico de uma provável doença de Alzheimer. A análise do cérebro do jovem chinês revelou atrofia do hipocampo bilateral e hipometabolismo no lobo temporal bilateral, que são marcadores precoces da doença.

No estudo, os pesquisadores comentam que o Alzheimer de início precoce é bastante raro: apenas 5% a 10% dos casos são diagnosticados em pessoas com menos de 65 anos. No entanto, entre 2013 e 2017, houve um aumento de 200% no diagnóstico de Alzheimer em pessoas de 30 a 64 anos.


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Chinês de 19 anos se torna o paciente mais jovem a desenvolver Alzheimer (Imagem: OksaLy/envato)

Por enquanto, o grupo não identificou uma causa para esse Alzheimer precoce, mas a teoria é que a situação pode resultar de vários fatores, incluindo genética, estilo de vida e ambiente. Por enquanto, também não há cura conhecida para qualquer forma da doença em questão, embora o diagnóstico imediato e a intervenção precoce tenham demonstrado retardar sua progressão.

Os pesquisadores observam, ainda, que quase todos os pacientes com menos de 30 anos diagnosticados com Alzheimer de início precoce possuem mutações genéticas patológicas. Antes, o paciente mais jovem a ser diagnosticado com Alzheimer tinha 21 anos e, justamente, carregava uma mutação genética conhecida por estar associada à doença.

O que sabemos até agora sobre o Alzheimer?

Estudos já permitiram descobrir a importância de uma microproteína chamada SHMOOSE no risco de contrair Alzheimer. Essa pequena proteína é codificada por um gene que existe dentro da mitocôndria da célula, e uma mutação está associada a um aumento de 30% no risco de desenvolver a doença.

Além disso, uma infecção localizada na gengiva, que pode invadir tecidos subjacentes, como o osso da arcada dentária, pode ter relação direta com o Alzheimer. Especialistas sugerem que o patógeno Porphyromonas gingivalis pode estar por trás da doença neurológica.

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Fonte: Canaltech

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