Brasil

Positivo Tecnologia: a trajetória de empreendimento de uma empresa genuinamente brasileira




Em entrevista ao podcast do “Do Zero ao Topo”, o presidente da Companhia fala sobre os desafios da diversificação de negócios para além de computadores e celulares.

A Positivo Tecnologia possui fábricas no Brasil, Argentina, Quênia e Ruanda, além de escritórios na China e Taiwan.

O competitivo e globalizado mercado de tecnologia deixa pouco espaço para empresas brasileiras. Mas, na área de computadores, uma empresa genuinamente brasileira tem sobrevivido e se destacado: a Positivo Tecnologia. A companhia — fundada em 1989 quando um grupo de professores decidiu fabricar computadores — encontrou seu nicho e se consolidou na oferta de notebooks e desktops. Nos últimos anos, o foco tem sido a diversificação de negócios a partir da fabricação de outros equipamentos eletrônicos como celulares, servidores, tablets, maquinas de pagamento, soluções de tecnologia educacional e dispositivos para casas escritórios inteligentes.

“O que fazemos para competir é entender profundamente o consumidor brasileiro”, diz Hélio Rotenberg, fundador e CEO da companhia em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo do Portal Infomoney.  A trajetória da companhia é tema do 61º episódio do podcast Do Zero ao Topo. É possível seguir e escutar o programa pela ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e demais agregadores. A Positivo Tecnologia tem seu desenvolvimento e expansão intimamente ligado aos momentos econômicos do país. Um ano depois de sua fundação, a companhia precisou repensar seu rumo devido ao congelamento de recursos do governo Fernando Collor, em 1990. A saída encontrada na época foi vender computadores ao poder público, por meio de licitações.

A entrada no mercado de varejo viria apenas em 2003, depois que uma mudança feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso durante o último ano de governo (2002) paralisou as licitações públicas para compra de equipamentos eletrônicos para instituições governamentais. A entrada da Companhia na Bolsa de Valores aconteceu em 2006, quando a Positivo Tecnologia conseguiu captar R$ 567,4 milhões em meio ao boom de IPOs (Oferta Pública Inicial de Ações, em inglês). Em 2007, impulsionada pelo aumento de renda da Classe C, a empresa se tornou líder nacional de computadores e entrou no grupo das 10 maiores fabricantes de desktops do mundo com presença também na Argentina, Quênia, Ruanda, China e Taiwan.

Em 2012, com o avanço dos tablets e smartphones, o mercado de computadores registra retração. O mercado mundial de desktops caiu 30% de 2012 a 2015. No Brasil, a queda de renda da Classe C agravou  a situação e o mercado de computadores teve redução de 70% entre 2012 e 2015.  Para se adequar ao novo cenário, a Positivo Tecnologia começou a se reinventar. A partir de 2015 a empresa também passou a representar outras marcas no Brasil como a japonesa Vaio, de notebooks, e a americana Anker, de acessórios de áudio e carregamento portátil de eletrônicos. Além disso, a Positivo Tecnologia lançou a marca de telefones Quantum e serviços de locação de equipamentos de informática para o mercado corporativo, a Positivo As a Service. Em 2018, adquiriu uma empresa de servidores e produtos de infraestrutura para TI, a atual Positivo Servers & Solutions. No ano seguinte, lançou a plataforma de soluções baseadas em Internet das Coisas para casas e escritórios inteligentes, a Positivo Casa Inteligente. Também em 2019, abriu um Fundo de Investimento de Participações para aportar recursos em startups com atuações em mercados distintos como o de análises clínicas, mobilidade, pecuária e agricultura. Dentre as startups investidas, estão a @tech, Agrosmart, Hitech Eletric e Hi Technologies.  A Positivo Tecnologia também fabrica maquininhas de pagamento e dispositivos para o censo demográfico.

Em janeiro de 2020, a companhia captou R$ 353,7 milhões em seu follow-on. A crise atual — provocada pelo coronavírus — aqueceu a demanda por notebooks e fez as vendas da Positivo dispararem nesse segmento, principalmente para o varejo on-line. A empresa se esforça agora para manter os estoques de computadores e, ao mesmo tempo, foca na fabricação de urnas eletrônicas para atender uma licitação inédita em sua história, de quase R$ 800 milhões, que ganhou em julho. Confira os detalhes dessa história na conversa entre o presidente da Positivo Tecnologia, Hélio Rotenberg e a jornalista Letícia Toledo, no podcast ao clicar em https://www.infomoney.com.br/negocios/positivo-tecnologia-os-bastidores-da-construcao-da-maior-fabricante-de-computadores-do-pais/

 

Fonte da reportagem: www.infomoney.com.br

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