Brasil

Rio contabiliza 62 policiais militares mortos este ano




Sobe para 62, o número de policiais militares mortos desde o início do ano no Rio de Janeiro. A vítima mais recente é o soldado Jorge Lucas da Silva Torquato de Araújo, de 23 anos, que morreu durante operação na tarde de quarta-feira (25) na Comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, zona norte do Rio.

O militar ficou ferido e foi socorrido às pressas para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos tiros disparados de fuzil quando vários homens armados atiraram contra a equipe em que o policial estava. De acordo com a PM, dois criminosos também ficaram feridos no tiroteio e acabaram morrendo.

O soldado Torquato estava na corporação desde 2016 e era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju, zona portuária da cidade, mas estava reforçando o patrulhamento na comunidade da Palmeirinha, onde são diários os tiroteios, devido a uma guerra entre facções rivais que lutam pelo domínio dos pontos de venda de drogas na região.

Guerra do tráfico

Na última segunda-feira (23) à noite, duas quadrilhas rivais que lutam pelo domínio do tráfico de drogas na comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, provocaram pânico quando atingiram um ônibus urbano que passava pela Estrada João Paulo, a principal do bairro. Nenhum passageiro ficou ferido, no entanto.

A Polícia Militar foi chamada ao local e houve confronto com criminosos armados. Dois deles ficaram feridos e foram levados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste, onde foram socorridos. Na ação, os militares do 9° batalhão da PM apreenderam um fuzil, transmissores de comunicação e drogas, ainda não contabilizadas na favela.

Pelo Twitter, o site Onde tem tiroteio, que avisa sobre ocorrências desse tipo no estado do Rio, postou um vídeo com tiros de fuzil na comunidade da Palmeirinha e alertou aos motoristas e moradores que evitassem a região da Avenida João Paulo. Uma moradora relatou pelas redes sociais: “Honório [Gurgel] virou o Iraque por uma hora de intenso tiroteio”.

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