Brasil

São Paulo tenta retomar normalidade no fim de semana




Depois dos últimos dias de tensão em decorrência da paralisação dos caminhoneiros e bloqueios de rodovias, São Paulo e região metropolitana tentam retomar a normalidade. Para o fim de semana, a previsão é que o sistema de ônibus funcione sem transtornos, assim como as feiras de alimentos e flores.

Com receio de não conseguir comprar flores e produtos de jardinagem, consumidores acordaram de madrugada nesta sexta-feira na busca pelas mercadores e só encontraram 170 dos 678 permissionários nos boxes do Pavilhão Mercado Livre do Produtor. Antes do término das vendas, que normalmente ocorre às 9h30, havia espaços livres no pátio.

Caminhoneiros participam de protesto contra os altos preços do diesel na rodovia BR-116 Régis Bittencourt, em São Paulo
Caminhoneiros participam de protesto contra os altos preços do diesel na rodovia BR-116 Régis Bittencourt, em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters/Direitos Reservados)
Energia

No fim de semana, a Eletropaulo informou que só haverá atendimento de emergência. Estão suspensos os atendimentos de manutenção preventiva e atividades não urgentes. A medida foi tomada por precaução para evitar o desabastecimento dos veículos da empresa.

A orientação é dar prioridade aos serviços de emergência, como restabelecimento de energia. Das 259 equipes disponíveis para operação da empresa, 97 estão nas ruas aptas para atender a chamados.

Transporte

As 14 empresas concessionárias associadas ao Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) vão operar normalmente no sábado e domingo na capital paulista. Como costuma ocorrer aos finais de semana, haverá redução da frota e prioridade às linhas com maior demanda.

De acordo com SPUrbanuss, a circulação de ônibus hoje (25) foi semelhante a que ocorre nos finais de semana, informou o sindicato, com cerca de 4 mil veículos (40% do total da frota).

Alimentos

As atividades programadas para o final de semana no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) estão mantidas. Porém, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou que não tem como controlar eventuais reajustes abusivos nos preços de frutas, legumes e verduras.

Os organizadores do Varejão, feira livre que ocorre no Pavilhão Mercado Livre do Produtor, e o Festival da Sardinha, no Pátio do Pescado, mantiveram os dois eventos.

Na feira de pescados no Frigorífico São Paulo, os atacadistas se queixam da falta de peixes e frutos do mar, pois as entregas não foram feitas em decorrência da paralisação e bloqueios nas rodovias e praticamente não houve comercialização, segundo a Ceagesp.

Para o diretor técnico operacional do frigorífico, Luiz Concilius Gonçalves Ramos, o abastecimento da maioria dos produtos pode ser normalizada em uma semana, a partir do fim da paralisação.

“Contudo, é bom salientar que esse prazo dependerá da liberação das estradas. Somente a partir disso é que poderemos contar com o reabastecimento de frutas, legumes, verduras e outros produtos em nossos entrepostos”, disse.

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