Ciência & Tecnologia

Pesquisadores querem usar laser para “esconder” a Terra de alienígenas




Se estamos procurando vidas lá fora, o que impede de vidas lá fora estarem nos procurando? Certo? Um grupo de cientistas pensam o mesmo e acreditam que a Terra precisa ser “escondida” para que extraterrestres não sejam capazes de nos avistar.

Parece uma loucura, mas funciona assim: quando pesquisadores observam planetas no universo, eles localizam uma estrela e a monitoram para saber se o seu brilho oscila. Em geral, quando há uma redução temporal da luminosidade produzida, é porque um planeta está passando diante de sua estrela – no que seria uma volta da sua órbita. Essa característica seria a comprovação de que existiria um planeta ali. A frequência dessas quedas na intensidade do brilho da estrela – que são regulares – corresponderia à duração de sua órbita, entre outras informações. Dessa forma, se alguma raça alienígina mirar o nosso sol, irá perceber que estamos por aqui.

A equipe liderada pelos cientistas David Kipping e Alex Teachey, da Universidade de Columbia, em Nova York, calculou o que seria necessário para esconder a Terra e publicou o estudo na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

O modelo criado por Kipping e Teachey sugere esconder a diminuição do brilho do sol. Segundo os cálculos desenvolvidos pelos dois cientistas, para isso, seria necessário emitir um laser contínuo de 30 megawatts por 10 horas, uma vez ao ano, seria suficiente para distorcer a redução de luminosidade da Terra quando passa em frente ao Sol, na hipótese de que o planeta estivesse sendo observado por um telescópio alienígena. “Não seria preciso um laser gigante, poderia ser algo posicionado em torno da Terra. Ou poderíamos colocá-lo em um satélite no espaço”, disse Kipping à rede inglesa BBC.

LEIA MAIS

+ Capturado em vídeo, objeto misterioso se choca com Júpiter

Para Kipping, para abranger todos os comprimentos de onda, e não apenas as cores visíveis, seria necessário uma grande variedade de lasers ajustáveis com uma potência total de 250 MW.

Em outubro do ano passado, um foco de luz localizado entre as constelações de Lyra and Cygnus intrigou cientistas por parecer uma estrela, mas comportar-se de modo muito diferente desses corpos celestes.

Os pesquisadores perceberam que a estrela encontrada, chamada KIC 8462852, tinham o estranho hábito de diminuir a intensidade do seu brilho em intervalos irregulares. O pesquisador Jason Wright, cientista da Universidade Penn State e membro de uma organização que investiga exoplanetas e mundos habitáveis, sugeriu que a variação no brilho da estrela poderia ser causada por uma megaestrutura alienígena. Segundo Jason, a variação no brilho dessa estrela pode estar sendo causado por paineis solares gigantes construídos por uma civilização alienígena inteligente o bastante para obter energia do próprio sol. Para o cientista, apesar de remota, a hipótese deveria ser considerada.

Continua após a publicidade..