O projeto para construção da usina de dessalinização da Praia do Futuro, em Fortaleza, acaba de receber autorização do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). O empreendimento tem causado polêmica nos últimos meses, pelo risco que ele representaria para a estabilidade da internet em todo o Brasil.
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A aprovação foi determinada por 22 votos favoráveis dos membros do Conselho, contra 4 abstenções. Agora, a licença prévia deve ser publicada em até cinco dias no Diário Oficial do Estado, e então o projeto será apresentado à Superintendência do Patrimônio da União, para autorização do acesso das obras ao mar no litoral do Ceará.
Caso os próximos trâmites ocorram sem interrupções ou atrasos, o início da construção da usina deve acontecer em março de 2024. Já a conclusão está prevista para o ano de 2026.
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Usina poderia danificar cabos submarinos
A construção da usina de dessalinização em Fortaleza tem causado embates envolvendo as empresas de telecomunicações no Brasil, que temem pela interrupção dos serviços de internet que dependem da rede de cabos submarinos.
De acordo com a associação de operadoras TelComp, há risco de rompimento dos cabos que conectam o Brasil a outros países da América do Norte, Europa e África.
Já a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) aponta que a construção não representa riscos para a estrutura no fundo do mar, já que o projeto original foi alterado anteriormente. Agora, a estrutura de captação de água para dessalinização passou de 40 para 567 metros de distância dos cabos, o que garantiria a segurança das operações.
A cidade de Fortaleza é considerada estratégica na distribuição de cabos submarinos, por conta de sua posição geográfica mais próxima dos outros continentes. De lá, outros cabos passam pela costa brasileira, e chegam em cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Santos e mais.
O rompimento de cabos em Fortaleza teria o potencial de cortar até 99% do tráfego de dados no país, o que causaria um grande apagão ou pelo menos deixaria a internet bastante lenta no país.
Como a manutenção dos cabos costuma ser um processo relativamente complexo e caro, seria possível que o problema se estendesse por bastante tempo após um suposto rompimento.
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Fonte: Canaltech
