Na corrida das inteligências artificiais conversacionais, o Bard chegou atrasado. O chatbot do Google demorou a ser liberado para o público e só em julho de 2023 foi disponibilizado para usuários brasileiros, agora mais habituados a usar o ChatGPT, o Bing e outras IAs para tirar dúvidas na internet.
5 motivos para NÃO usar o Google Bard
Ainda em estágio experimental, o Bard vai precisar suar para alcançar os concorrentes, e muito precisa ser melhorado para ele se tornar tão eficiente quanto seus rivais. Abaixo, você vê cinco motivos para não usar o chatbot do Google e se manter com as IAs mais bem estabelecidas.
5. Interações podem ser monitoradas
Logo na sua primeira interação, o Bard informa: suas conversas com a IA podem passar pela análise de revisores humanos para incrementar a qualidade. “Não insira informações confidenciais”, alerta o Google.
–
CT no Flipboard: você já pode assinar gratuitamente as revistas Canaltech no Flipboard do iOS e Android e acompanhar todas as notícias em seu agregador de notícias favorito.
–
Portanto, você deve ter cautela na hora de pedir ajuda ao Bard, principalmente se o pedido tiver relação com sua vida pessoal ou contiver informações sigilosas do seu trabalho, por exemplo.
4. Respostas pouco satisfatórias
O Bard é bem objetivo nas principais respostas — e às vezes isso é um problema. O chatbot entrega informações diretas ao ponto e eventualmente deixa o usuário sem saída para continuar a conversa.
O chatbot do Google também não está 100% seguro das próprias respostas. Se você nega uma informação fornecida, ele se desculpa e arruma uma informação nova aleatória mesmo se tiver entregado dados corretos e bem embasados.
Além disso, ele não é tão bom para interpretar diferentes contextos sobre um mesmo tema. Se você pede a explicação de um termo com múltiplos significados, mas sem especificar a qual cenário você se refere, por vezes ele fica um tanto perdido na resposta.
3. Informações da internet sem checagem
O acesso à internet dá ao Bard a capacidade de responder perguntas sobre temas extremamente recentes, mas também é uma desvantagem: a desinformação. Nem sempre ele acerta nas informações que fornece e isso pode ser influência da infinita quantidade de dados disponíveis na web.
O Bing Chat também pode puxar informações da internet, mas tende a errar menos nas respostas e citar referências de maneira mais clara. O que leva a outro mecanismo que favorece o chatbot da Microsoft: a disposição de links de fontes para que o usuário cheque por conta própria.
2. Limitações de mídia
A conexão com a internet também não vai além da busca de informações em texto no Bard. O chatbot não consegue aproveitar o amplo acesso ao indexador do Google para fornecer recomendações de conteúdo em outros formatos, como vídeos no YouTube ou imagens do Google Imagens.
Em alguns cenários, o Bing Chat já faz isso: o chatbot da MS mostra a capa de filmes e até iniciar a reprodução de conteúdo em plataformas de streaming com comandos em texto. Basta pedir para o bot redirecionar o usuário para o site de preferência e começar a ver o filme, poupando os vários cliques do processo.
1. Bard é experimental
Toda a experiência com o Bard passa a sensação de um produto ainda em fase inicial de desenvolvimento, diferente do que acontece com o ChatGPT. É fato que todos os chatbots estão em constante evolução e cometem equívocos, mas o Bard parece precisar de mais refinamentos para oferecer a mesma qualidade na experiência como seus concorrentes.
As interações com o Bard, portanto, não consegue fugir do básico, assim como era o ChatGPT no começo de 2023. Na prática, neste momento, ele é uma inteligência artificial de texto e apenas isso. Nada impede que suas capacidades sejam aprimoradas no futuro — e é até óbvio que isso vá acontecer—, mas a sensação é de que ainda há um longo caminho para ele se equiparar com os rivais e se tornar o “matador do ChatGPT”.
Ainda existem qualidades
Apesar de mais novo, o Bard ainda é uma ferramenta bastante útil para ajudar na rotina e promete muito ao ser uma IA com integração com o ecossistema Google. Neste outro texto, confira cinco motivos para USAR o Bard.
Trending no Canaltech:
- Barbie │ Quais os combos dos cinemas para o filme no Brasil
- Passagem para o “submundo” zapoteca é achada sob igreja no México
- Lançamentos do Prime Video na semana (13/07/2023)
- Lançamentos da Netflix na semana (14/07/2023)
- Por que o Xbox Series X não faz mais sentido no Brasil?
- Bard chega ao Brasil e está disponível em português; saiba como usar
Fonte: Canaltech
