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O que a NASA faria se um asteroide fosse se chocar com a Terra?




O que a NASA faria se um asteroide fosse se chocar com a Terra? - 1

Já se perguntou o que faríamos se um asteroide tão grande quanto aquele que matou os dinossauros fosse descoberto vindo em direção à Terra? Primeiro, pode ficar tranquilo, pois nenhuma rocha espacial conhecida está em rota de colisão com nosso planeta nos próximos 100 anos. Mesmo assim, o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA segue monitorando os asteroides potencialmente perigosos no Sistema Solar.

Nosso sistema conta com dezenas de milhões de rochas espaciais, e muitas ficam no Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter. Parte destes asteroides se aproxima do nosso planeta, e por isso, são considerados asteroides próximos da Terra (ou NEOs, na sigla em inglês). Entre os NEOs, há objetos que medem pelo menos 140 m de diâmetro em órbitas que os trazem a até 7,4 milhões de quilômetros da Terra.

Estes são os chamados asteroides potencialmente perigosos. Se algum deles atravessasse a atmosfera do nosso planeta sem queimar e atingisse uma grande cidade, os danos seriam vastos — e é aqui que entra o trabalho do Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da agência espacial norte-americana. “Nós definitivamente queremos encontrar todos esses [asteroides] antes que eles nos encontrem”, disse Lindley Johnson, executivo líder do programa do Escritório.


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Se um asteroide do mesmo tamanho daquele que matou os dinossauros atingisse a Terra hoje, as consequências seriam devastadoras (Imagem: Reprodução/urikyo33/Pixabay)

Para isso, a NASA trabalha com a International Asteroid Warning Network (IAWN), uma rede global de astrônomos. Caso algum asteroide perigoso seja detectado em direção à Terra, os membros do grupo iriam compartilhar as observações entre si para verificar a descoberta e analisar a dimensão do risco.

Se todos concordarem que chegou o momento de nos preparar para a colisão, a NASA emitiria um alerta ao público. “Eu não tenho um telefone vermelho na minha mesa e nem nada do tipo”, brincou Johnson. Em um cenário do tipo, ele e os demais profissionais seguiriam procedimentos formais e fariam a notificação do impacto.

No caso de o objeto estar em direção aos Estados Unidos, por exemplo, a NASA iria avisar a Casa Branca, e então o governo estadunidense iria comunicar a situação à população. Mas e se o asteroide fosse grande o suficiente para representar uma ameaça internacional? Neste caso, a IAWN iria notificar o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior.

Defesa planetária

Até o momento, a IAWN detectou mais de 34 mil asteroides próximos da Terra, enquanto são aproximadamente 2.300 os asteroides potencialmente perigosos conhecidos. Deles, pelo menos 153 medem 1 km de diâmetro, tamanho suficiente para causar uma catástrofe no nosso planeta, se estivessem a caminho de uma colisão.

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Representação da sonda DART, que se chocou com o asteroide Dimorphos para desviá-lo (Imagem: Reprodução/NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben)

Com dados observacionais suficientes em mãos, a NASA consegue prever com precisão as órbitas destes objetos pelo menos nos próximos 100 anos. Entretanto, seriam necessários de 5 a 10 anos para evitar uma colisão no caso de algum deles ser detectado se aproximando do nosso planeta.

Por outro lado, se o impacto fosse acontecer em menos de cinco anos ou em poucos meses, não haveria muito a ser feito. Por isso, a IAWN segue trabalhando para descobrir asteroides com a maior antecedência possível. “Isso nos dá bastante tempo para tentar fazer algo a respeito deles enquanto ainda estão no espaço, evitando completamente qualquer catástrofe aqui na Terra“, finalizou Johnson.

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Fonte: Canaltech

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