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Ratos recebem células de cervo e desenvolvem chifres

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Em um recente estudo publicado na revista Science, ratos de laboratório receberam células de cervo e desenvolveram chifres. A proposta do experimento é entender a capacidade dos mamíferos de regenerar órgãos — algo que se perdeu, mas que ainda pode estar presente em determinados genes regenerativos.

Conforme explicam os pesquisadores, os chifres envolvem um dos tecidos de regeneração mais rápida no reino animal e oferecem uma visão perfeita de como os mamíferos podem regenerar células regularmente.

O artigo menciona que os mamíferos em geral perderam a capacidade de regenerar órgãos e a maioria dos outros tecidos, portanto, um grande apêndice que cresce regularmente oferece uma visão incomparável sobre como a medicina regenerativa para os ossos poderia funcionar.


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Na busca por medicamentos regenerativos, os autores do estudo criaram um “atlas” regenerativo de chifres de cervo, isolando múltiplas células e genes únicos que são críticos no desenvolvimento do tecido.

Através do estudo, os pesquisadores identificaram um tipo de célula-tronco que era altamente ativa na regeneração, e estas permaneceram com os chifres pouco tempo após a queda. No entanto, no quinto dia após a eliminação, surgiu um novo subtipo de células.

Ratos com chifres

Depois de identificar vários estágios de crescimento dos chifres, a equipe pegou as células-tronco com maior potencial de crescimento e as cultivou em uma placa de Petri antes de implantá-las na cabeça dos camundongos. Eis o resultado:

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Ratos ficam com mini-chifres após receberem células de cervo (Imagem: Li et al, Journal of Regenerative Biology and Medicine)

Após 45 dias, os camundongos desenvolveram mini-chifres devido à “diferenciação das células-tronco em tecido osteocondral”, que segundo os cientistas é essencial para o reparo de fraturas ósseas.

Os mini-chifres dos ratos se alongaram rapidamente, exibindo aos pesquisadores os mecanismos genéticos que resultam em seu desenvolvimento e fornecendo informações sobre como eles poderiam ser utilizados na medicina óssea humana. Anteriormente, estudos também já revelaram o potencial de ratos com superpoderes de regeneração em revolucionar a medicina.

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Fonte: Canaltech

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