Diz o ditado popular que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. A expressão se refere a eventos que não costumam acontecer duas vezes no mesmo local ou com a mesma pessoa, sejam eles positivos (como ganhar na loteria), ou negativos — como ser, de fato, atingido por um raio. Mas será que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar?
A verdade é que o ditado popular não possui fundamentação científica alguma: os raios não só podem atingir o mesmo local mais de uma vez, como também certos locais podem receber diversas descargas elétricas seguidas.
Considerando um grande campo aberto, um raio pode atingir qualquer ponto em sua superfície, o que torna baixas as chances de um mesmo local exato ser atingido duas vezes em um curto intervalo de tempo.
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Mas não há embasamento científico para se afirmar que um raio não vai cair de novo no mesmo lugar daquele campo aberto. Pode-se dizer que é tudo uma questão de “sorte”, ou mero acaso. E vale ressaltar que ambientes fechados, como prédios por exemplo, podem ser alvos prioritários de raios durante uma tempestade — por isso edificações contam com para-raios em seus tetos.
Como os raios “escolhem” onde caem?
Quando um campo elétrico é formado entre as nuvens e o solo em uma tempestade, a carga elétrica é liberada conectando estes dois extremos através de um caminho preferencial, que ofereça menor resistência. Desta forma, estruturas mais altas e de certos materiais podem ser atingidos com maior frequência.
Os próprios para-raios são construídos com isso em mente, aproveitando-se de seu posicionamento, formato e composição para proteger pessoas e edifícios. Esses equipamentos direcionam a descarga elétrica para o solo, impedindo que o raio cause danosl.
Já se não há nada que possa atrair e direcionar os raios a um local específico — como no caso de um descampado —, não há como prever onde eles vão cair.
Mitos sobre raios
Além do mito de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, há outras ideias erradas sobre esses fenômenos — algumas, inclusive, que podem colocar pessoas em risco durante fortes tempestades.
Um exemplo é o ato de se proteger debaixo de árvores durante uma tempestade. Árvores não representam um bom abrigo contra este tipo de fenômeno: pela maneira como os raios funcionam, embaixo de árvores é, na verdade, um péssimo lugar para se estar. Em um local exposto, abaixar-se também não é uma boa saída — a melhor opção é se mover o mais rápido possível para um local seguro.
Um prédio ou uma casa são abrigos ideais contra os raios, mas até mesmo um abrigo menor, como um carro, pode fornecer a proteção necessária. Mesmo se um raio atingisse o veículo, as pessoas dentro dele estariam seguras. Mas, ao contrário do que se pode pensar, não são os pneus de borracha que garantem isso: a proteção se dá pois a estrutura metálica dos carros atua como o que os cientistas chamam de Gaiola de Faraday — a eletricidade fica retirada no metal assim como no experimento de mesmo nome.
Por fim, se uma pessoa for atingida por um raio, ela não fica eletricamente carregada e é seguro se aproximar de seu corpo. Alguém que recebe tal descarga elétrica precisa de atenção médica imediata — em alguns casos, pode ser necessário realizar massagem cardíaca.
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Fonte: Canaltech