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Cientista chinês pode ter modificado o DNA de um terceiro bebê




Depois de chocar o mundo ao afirmar, em novembro, durante o evento Summit on Human Genome Editing, que havia editado o genoma CRISPR de um casal de gêmeas para torná-las imunes ao vírus HIV, o cientista chinês He Jiankui “sumiu do mapa” e não se ouviu falar mais nele nesses últimos dois meses.

Mas, na última segunda-feira (21), o governo chinês confirmou algo que que todos já temiam: a história não foi algo inventado por Jiankui para atrair os holofotes. De acordo com Pequim, ele não só teria modificado os bebês geneticamente, como também ajudou no parto de ambas ignorando todos os perigos que um procedimento desses poderia acarretar no desenvolvimento das crianças.

E essa não foi a única informação alarmante sobre o caso: segundo William Hurbut, um pesquisador no ramo de bioética da Universidade de Stanford, ainda existe uma segunda mulher grávida de um feto que teve o gene editado por Jiankui.

Hurlbut revela que ele se correspondia regularmente com Jiankui, que o revelou na mesma época da conferência que havia feito um segundo procedimento em outro feto, mas que este ainda estava muito jovem (entre quatro e seis semanas) para aparecer em qualquer ultrassom.

De acordo com o pesquisador, a gravidez estaria se desenvolvendo normalmente e o bebê já estaria com entre 12 e 14 semanas de idade (cerca de três meses), significando que ele deverá nascer em junho deste ano. Ele ainda revelou que planejava ir visitar Jiankui em seu laboratório ainda neste ano, mas que teve a visita cancelada após o anúncio dos bebês com genoma modificado e a prisão domiciliar do colega.

Por enquanto, ainda não se sabe como o governo chinês irá reagir à notícia de que há um terceiro bebê com o gene modificado, mas provavelmente isso não fará com que Jiankui seja libertado.

Fonte: Canaltech

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