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DNA ambiental: cientistas identificam espécies de animais pelo ar




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Cientistas da University of Copenhagen (Dinamarca), Queen Mary University (Reino Unido) e York University (Canadá) conseguiram capturar DNA ambiental em amostras de ar de zoológicos, o que permitiu identificar as espécies que vivem lá. As descobertas foram publicadas em dois estudos na revista Current Biology e representam um marco, uma vez que, até então, utilizava-se apenas amostras do solo ou da água para obter essas informações.

Os pesquisadores dinamarqueses instalaram três filtros de ar e conseguiram identificar 30 mamíferos, 13 pássaros, quatro peixes, um anfíbio e um réptil. Eles encontraram DNA de alguns animais em cativeiro e até mesmo de pragas, como ratos e camundongos. Para se ter uma ideia, o grupo conseguiu até filtrar pequenos fragmentos de DNA de peixes usados ​​para alimentar outros animais no zoológico.

O segundo grupo, constituído pelos pesquisadores do Reino Unido e do Canadá, ficou concentrado em rastrear os movimentos dos animais. A equipe coletou 72 amostras e usou uma técnica de laboratório para amplificar a pequena quantidade de material, para que tivessem o suficiente para identificar marcadores genéticos de espécies individuais. Com isso, foi possível identificar 25 espécies de animais, sendo 17 em cativeiro, como suricatos, preguiças e burros. Eles também encontraram alguns animais que só estavam de passagem pelo zoológico, como esquilos.


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O segundo grupo conseguiu detectar preguiça e outros animais via DNA ambiental (Imagem: twenty20photos/envato)

Segundo os artigos, a descoberta é uma boa notícia para os biólogos que tentam descobrir onde animais ameaçados de extinção vivem, se reproduzem ou migram, para então proteger essas áreas. Rastrear mamíferos que se movem quilômetros a cada dia e são cautelosos em seus movimentos é uma árdua tarefa, afinal, e os especialistas clamam por novas técnicas para detectar o DNA ambiental.

Os pesquisadores defendem que detectar os padrões de movimento de um animal ao longo do tempo, em vez de apenas saber sua posição atual, é a chave para proteger seu habitat e preservar a biodiversidade do planeta.

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Fonte: Canaltech

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