Ciência & Tecnologia

Empresa de tecnologia médica, Hi Technologies, se associa à Positivo




Você deve estar familiarizado com o conceito de start-up, aquelas empresas inovadoras com pouco tempo de mercado e alto potencial de crescimento. Mas você já ouviu falar nas scale-ups? De acordo com a Endeavor, a mais renomada instituição especializada em empreendedorismo do Brasil, são empresas que estão mudando de patamar, se tornando grandes. Para se ter uma ideia da importância dessas scale-ups, em média, enquanto uma empresa “normal” contrata 0,34 funcionário por ano, ela gera 31 novos empregos. Portanto, são 100 vezes mais oportunidades para quem está de olho no mercado de trabalho nessas empresas que estão em amplo crescimento.

E uma dessas scale-ups atraiu a atenção do mercado. Instalada em Curitiba (PR), a Hi Technologies, ou simplesmente HiT, desenvolveu inicialmente um sistema de telemedicina e, hoje, produz oxímetros, aparelhos para monitoramento de partos, sistemas de laudos de eletrocardiogramas e detectores de apnéia do sono. Em busca de investidores, os sócios da HiT bateram à porta da Positivo, também localizada na Cidade Industrial de Curitiba, para apresentar a empresa e seus produtos. “Nosso foco é reinventar e humanizar a tecnologia médica com a HiT e já o havíamos apresentado a diversos fundos de investimento, cujas conversas não nos entusiasmaram porque não encontrávamos quem compartilhasse da nossa missão. Quando fomos à Positivo, nós percebemos de imediato que a proposta de valor da nossa empresa havia sido compreendida e que havia muita sinergia na forma como enxergamos a inovação, o que facilitou as nossas próximas conversas e nos fez evoluir com a negociação rapidamente”, destaca Marcus Figueredo, 32 anos, CEO e cofundador da HiT, com Sérgio Rogal Júnior, 33, CTO da empresa.

O também empreendedor Hélio Bruck Rotenberg, 54, presidente da Positivo, conta que estavam no radar da companhia algumas iniciativas vinculando tecnologia e medicina. “Para nós, já estava claro que há um mercado gigantesco para dispositivos que ajudem na prevenção e no diagnóstico de doenças. Quando passamos a discutir mais a fundo a proposta da HiT, entendemos que haviam criado produtos fantásticos e que, juntos, poderíamos estudar formas de ampliar performance e ganhar escala de produção para atender a demanda que está reprimida”, ressalta Hélio, que dá mostras de estar pensando alto sobre os próximos passos da HiT. “De olho no futuro, por que não trabalharmos para tornar esses aparelhos globais, para auxiliar no monitoramento de epidemias, por exemplo?”, questiona. Em 1988, o próprio Hélio foi o principal responsável por fundar a Positivo, após vislumbrar uma janela de oportunidades que ocorria no Brasil: a demanda pelo uso de computadores pessoais. Do desenvolvimento de um software e da montagem de PCs para escolas, a companhia se transformou na maior fabricante brasileira de computadores e uma das grandes fomentadoras do processo de inclusão digital no Brasil. Hoje, se destaca como uma das principais fabricantes de dispositivos do Brasil e da Argentina, além de estar estrategicamente expandindo sua atuação para Américas e África.

Em janeiro, a Positivo concluiu a compra de 50% da HiT. Figueredo e Rogal permanecem na direção da companhia e, desde então, vêm trabalhando junto com a Positivo para criar as condições para que a sociedade alcance novos patamares. O intuito é poder contar com a experiência e a escala da Positivo sem limitar a agilidade e a capacidade criativa da HiT. Diversos processos da companhia estão sendo revistos, desde os aspectos ligados à administração até áreas como a compra de insumos e desenvolvimento de produtos. Para apoiar os empreendedores na tomada de decisões estratégicas, está sendo criado um conselho administrativo. Como fruto desse trabalho, além de ofertar ao mercado um portfólio completo e atualizado de produtos, em breve, a HiT vai trazer ao mercado novos produtos que irão ampliar sua área de atuação.

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