O primeiro episódio da oitava temporada de Game of Thrones foi pirateado 54 milhões de vezes em apenas 24 horas. A Índia, China e Estados Unidos foram responsáveis pelo maior fluxo de conteúdo não autorizado. Os dados são da empresa de monitoramento MUSO e foram divulgados nesta quarta-feira (17).
O Brasil não aparece no ranking dos países onde os usuários mais assistiram ao episódio ilegalmente, mas isso não significa que o fluxo de pirataria no país é menor: no domingo (14), quando o episódio Winderfell foi ao ar, a HBO havia liberado o seu sinal para a transmissão do capítulo.
De acordo com o relatório da MUSO, os serviços de streaming não autorizados foram os que mais reproduziram o episódio. Já os downloads de torrents respondem por cerca de 10% da pirataria.
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Ao longo dos anos, Game of Thrones quebrou vários recordes de pirataria. Só o primeiro episódio da oitava temporada rendeu milhões de downloads de torrents, de acordo com a MUSO. A empresa de monitoramento não pôde calcular exatamente o número de visualizações em serviços de streaming não autorizados, mas sabe que ultrapassa o número de torrents.
Com os dados, a MUSO conseguiu estimar que os sites de streaming online representaram 76,6% de todas as visualizações piratas, seguido pelos downloads da web (12,2%), sites de torrent pública (10,8%) e sites privados de torrent (0,5%).
Mas se você perguntar para a HBO, apenas 17,4 milhões de pessoas assistiram ao episódio pela TV ou pelo aplicativo de streaming HBO Go – muito menos que os 54 milhões registrados pela MUSO.
As descobertas são parcialmente baseadas em dados da SimilarWeb, que usa uma amostra de aproximadamente 200 milhões de dispositivos para estimar o tráfego de acesso em sites. Só que as visitas aos portais são classificadas como “downloads ou visualização”. Então, é impossível saber se os usuários chegaram a assistir ao episódio completo.
O relatório da MUSO ainda revelou os países onde o conteúdo foi mais pirateado. Confira o ranking:
Embora esteja claro que Game of Thrones é muito popular no mundo pirata, os dados não mostram por que isso acontece. Os motivos podem variar desde “A série não é transmitida na minha região” até “O preço de uma assinatura é muito alta”.
De acordo com o CEO da MUSO, Andy Chatterley, é importante que as emissoras não ignorem estes números. “Os dados mostram que os consumidores ainda estão sendo direcionados à fontes não licenciadas para encontrar conteúdo. É imperativo que as empresas compreendam que o público de pirataria reúne alguns dos seus fãs mais dedicados e que, acima de tudo, apresentam uma vasta oportunidade comercial”.
Procurada, a HBO disse que não vai comentar sobre o assunto.
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Fonte: Canaltech
