Ciência & Tecnologia

Estádios recebem reforço na telefonia, nem todos terão wi-fi





Para garantir a comunicação dos torcedores durante os jogos da Copa do Mundo, as operadoras de telefonia instalaram cerca de 300 miniantenas em cada um dos 12 estádios que vão sediar o mundial. Por meio de uma parceria, as cinco operadoras (Claro, Oi, Nextel, Tim e Vivo) investiram R$ 226 milhões apenas com o projeto de instalação da infraestrutura compartilhada. Foram R$ 212 milhões investidos na cobertura indoor, para telefonia móvel, e R$ 14 milhões em redes wi-fi. Além disso, foram instaladas outras 144 antenas externas nos arredores dos 12 estádios, para dar suporte ao tráfego de pessoas que entram e saem dos estádios antes e depois do jogo, disse o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy. Desta forma, as operadoras pretendem dar conta de uma demanda de cerca de 300 mil chamadas de voz com 2,4 minutos de duração e cerca de 24 mil conexões simultâneas de dados a cada hora. Durante o Mundial, as antenas, distribuídas pelas arquibancadas, praças de acesso, pelos camarotes, vestiários, corredores e estacionamentos, serão ligadas a aparelhos instalados em uma sala no estádio. A estrutura serve para melhorar tanto os serviços de voz como dados, nas tecnologias de segunda, terceira e quarta gerações (2G, 3G e 4G). Na avaliação do SindiTelebrasil, os estádios de São Paulo e Curitiba são os mais problemáticos devido ao atraso das obras e, consequentemente, o reduzido tempo para instalação dos equipamentos.  Como a expectativa de público para os jogos é alta, alguns estádios também terão uma rede de internet sem fio (wi-fi) para desafogar o tráfego nas antenas de celular. O wi-fi distribui sinal a partir de uma conexão com a internet fixa e ajuda a evitar sobrecargas no serviço móvel. A ideia é reforçar o sinal nos estádios durante os jogos para que as operadoras deem conta da demanda e os torcedores não tenham problemas para acessar a rede de dados. Nos estádios de Brasília (Mané Garrincha), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova), Cuiabá (Arena Pantanal), Manaus (Arena da Amazônia) e Porto Alegre (Beira-Rio), a rede wi-fi estará disponível. Com essa rede de internet sem fio, o usuário poderá se conectar gratuitamente, a partir dos estádios, desde que seja cliente de uma das operadoras. O acesso será livre e sem senhas, bastando ao torcedor ativar o wi-fi do smartphone. Na Arena Pernambuco (Recife), Arena das Dunas (Natal), no Estádio Castelão (Fortaleza), no Mineirão (Belo Horizonte) e na Arena da Baixada (Curitiba), as administrações dos estádios e as empresas de telefonia não chegaram a um acordo para permitir a instalação dos equipamentos de wi-fi. Apoio do Governo De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a administração da Arena Corinthians (São Paulo) manifestou interesse em instalar wi-fi, mas para ganhar [lucrar] com o serviço, disse ele ao participar de audiência pública no Senado Federal. A obrigação do governo na área de comunicação para a Copa é a instalação de redes de fibra óptica nos estádios, para a transmissão de imagens de alta definição (HDTV vídeo e áudio) entre os estádios e o Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC), no Rio de Janeiro. O investimento da Telebras até abril deste ano será de R$ 87 milhões para a implantação da infraestrutura para a Copa. Elas se incorporam à rede da Telebras como parte das redes metropolitanas e ficam como legado para utilização no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). De acordo com o ministro Paulo Bernardo, a responsabilidade do governo com a Federação Internacional de Futebol (FIFA) foi integralmente cumprida. Segundo ele, todos os estádios têm dois anéis de fibras ópticas. Se alguém passar uma máquina ou quebrar uma fibra, tem a segunda que vai segurar. Qualquer uma das redes sustenta a transmissão, destacou. Sinal ruim? Saiba como melhorar o wi-fi da sua casa

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