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62% dos brasileiros não sabem reconhecer fake news, diz pesquisa




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Você sabe identificar uma fake news? Não? Então você não está sozinho. 62% dos brasileiros não conseguem reconhecer uma notícia falsa. Esta é uma das conclusões do novo estudo “Iceberg digital”, desenvolvido pela Kaspersky, empresa global de cibersegurança, em parceria com a empresa de pesquisa CORPA, na América Latina. O estudo analisou a atual situação da segurança dos internautas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, a fim de descobrir o quão vulnerável eles são às fake news quando se conectam à internet.

Segundo a pesquisa, os peruanos (79%) são os que menos conseguem identificar uma notícia falsa, seguidos pelos colombianos (73%) e chilenos (70%). Os brasileiros ocupam o último lugar na pesquisa, com 62%, logo atrás dos mexicanos e argentinos, com 66% cada.

Apesar do notável conhecimento em relação aos países analisados, é importante mencionar que, dos 62% dos brasileiros que não sabem reconhecer uma notícia falsa, apenas 2% nunca ouviram falar do termo “fake news”, o que é um pouco preocupante, ainda mais com o recente período que o país sofreu com uma avalanche de desinformação — vide últimas eleições. Mas os peruanos ainda se destacam nessa categoria, já que 47% dos entrevistados nunca ouviram ou não sabem o que significa o termo.


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Foto: Reprodução

Considerando o espectro regional, 2% dos latinoamericanos consideram as notícias falsas inofensivas, enquanto 72% acreditam que elas viralizam para que alguém receba algo em troca ou para causar dano a algo/alguém. No entanto, mesmo com a percepção negativa do termo, apenas 42% dos brasileiros ocasionalmente questiona o que lê na internet. Os peruanos se destacam mais uma vez, com 58%, seguidos pelos colombianos (47%), chilenos, argentinos e mexicanos.

Os principais meios para cair nas fake news são as redes sociais, como WhatsApp e Facebook, onde, em média, um terço dos latino-americanos confiam nessas plataformas online para se informarem. Sites de mídia tradicional, por sua vez, são utilizados por apenas 17%. Nesse aspecto, os mexicanos (35%) e os brasileiros (33%) são os que lideram o ranking regional, seguidos pelos peruanos (31%), argentinos (28%) e os colombianos (26%).

Em relação aos aspectos demográficos, as mulheres (49%) confiam mais nos conteúdos online que os homens (42%). Aqui, as peruanas se destacam novamente, com 63%, seguidas pelas colombianas e mexicanas (47%), argentinas e brasileiras (45%). As mulheres mais desconfiadas são as chilenas (42%).

Além disso, o estudo mostrou que são os jovens entre 18 e 24 anos (38%) que usam as redes sociais para ficar por dentro do que está acontecendo em seu país ou região. Diferente dos internautas entre 35 e 50 anos, que utilizam mais os sites de mídia tradicionais. Curiosamente, quem compartilha mais fake news em seus perfis e comentam as notícias alarmantes sem verificar sua veracidade são os usuários entre 25 e 34 anos — quem lembra da época das fake news em massa no WhatsApp?

As ações da campanha visam impedir que usuários se tornem vítimas dos “icebergs digitais” — sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos e superficiais, mas que escondem perigos grandes ou desconhecidos. O intuito é que os usuários saibam reconhecer os perigos que se escondem na internet, aprendam a distinguir bom e ruim, real de falso e, assim, fiquem longe dos ciberataques.

“Os resultados deste novo estudo deixam claro que grande parte dos latino-americanos continua confiando fielmente no que circula na web, algo que pode causar graves consequências não apenas no âmbito pessoal, mas também no profissional”, diz Assolini. “No caso de fake news, além de prejudicarem uma pessoa ou instituição, podem também destruir reputações e gerar caos. Elas também são usadas pelos cibercriminosos para atrair usuários desatentos para links maliciosos e, assim, roubar dados pessoais e dinheiro”, alerta o especialista.

Dicas para evitar cair em fake news

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Foto: Reprodução

• Tenha cuidado ao buscar informações sobre notícias muito recentes e sempre verifique fontes oficiais de notícias;

• Anúncios em redes sociais que parecem ser bons demais para ser verdade, provavelmente não são. Não clique em links de fontes desconhecidas e com reputação desconhecida. Se você clicar nesses anúncios, não revele informações pessoais, financeiras ou confidenciais;

• Seja cauteloso e responsável ao compartilhar conteúdo duvidoso em redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas ou e-mails;

• Verifique se o seu computador está atualizado com as versões mais recentes dos softwares (navegadores, plug-ins, correções de segurança).

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Fonte: Canaltech

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