Por um curto período, a Terra teve uma segunda lua. O pequeno objeto 2020 CD3 foi capturado pela força gravitacional do nosso planeta e, desde então, foi companheiro do nosso satélite natural solitário — a Lua com “L” maiúsculo. Mas, como já era esperado, a minilua não está mais conosco.
A descoberta da nossa ex-minilua foi oficialmente anunciada em fevereiro, depois que já havia orbitado nosso planeta por um ano, talvez mais, conforme estimam os astrônomos. Não houve consenso sobre a natureza do objeto, mas o astrônomo Kacper Wierzchos, que compartilhou a descoberta no Twitter, sugere que o coeficiente de reflexão do objeto indica se tratar de um asteroide do tipo C – ou seja, um carbonáceo – do tamanho de um carro compacto.
Agora, o 2020 CD3 segue rumo a uma atração gravitacional maior. “Não há dúvida de que está em órbita ao redor do Sol”, disse Bill Gray, desenvolvedor de software de astronomia. Ele estipula o dia 7 de março como a data em que nossa minilua nos deixou. Desde então, ela ficou limitada pela gravidade do Sol.
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Pesquisadores já sabiam que isso ia acontecer. Por isso, esse tipo de fenômeno é chamado de “objeto capturado temporariamente”. A única surpresa é que a minilua nos deixou um pouco antes que se imaginava – esperava-se que ela fosse embora somente em abril. Gary diz que está “triste por perder” este objeto, mas a força gravitacional da Terra é forte o suficiente para capturar outros pedaços de rochas espaciais. “Sempre haverá outra pedra por aí”, afirma.
Apesar de ser um fenômeno que pode acontecer a qualquer hora, não é comum que astrônomos consigam detectar um desses. A primeira minilua deste tipo já descoberta foi o objeto RH120, capturado pela Terra em setembro de 2006 e permanecendo em órbita até junho de 2007. Depois, em 2016, descobriu-se outro pequeno objeto chamado HO3 com as mesmas características orbitais.
Inicialmente, não havia certeza de que o 2020 CD3 fosse realmente um asteroide, mas as observações concluíram que não se tratava de nenhum lixo espacial. As observações, no entanto, não foram muito conclusivas sobre o tipo de rocha. Poderia ser até mesmo um pedaço da nossa própria Lua, que se soltou após um impacto com outra rocha espacial e depois foi empurrado para a órbita da Terra.
Gray afirma que o 2020 CD3 chegará perto da Terra novamente em março de 2044, mas não perto o suficiente para ser preso à nossa órbita outra vez – isso só deve voltar a acontecer em um futuro muito distante, talvez em milhões de anos.
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Fonte: Canaltech