Christina Koch, a astronauta que participou da primeira caminhada espacial exclusivamente feminina ao lado de Jessica Meir, entrou mais uma vez para a história. É que, no último sábado (28), Koch bateu o recorde de missão espacial mais longa realizada por uma mulher, superando a marca estabelecida anteriormente por Peggy Whitson em 2017.
Não que haja alguma rivalidade entre as mulheres da NASA. Em uma série de entrevistas à imprensa, Koch disse que, na verdade, Peggy é uma heroína para ela. Também revelou que Peggy “teve a gentileza de me orientar ao longo dos anos, portanto isso é um lembrete para retribuir e orientar (outras astronautas) quando eu voltar”.
Koch voou para a Estação Espacial Internacional (ISS) em 14 de março. O plano era permanecer durante uma missão típica de seis meses, mas sua permanência foi prolongada pela NASA. Um dos motivos foi a necessidade de coletar mais dados sobre os efeitos de voos espaciais de longa duração na saúde de astronautas, e ela deverá voltar em 6 de fevereiro de 2020, registrando 328 dias no espaço – apenas 12 dias a menos do voo espacial mais longo de qualquer astronauta da NASA.
–
Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube, todo dia tem vídeo novo para você!
–
Sobre essa tarefa secundária que resultou em sua permanência prolongada na ISS, Koch afirmou que “é uma coisa maravilhosa para a ciência; vemos outro aspecto de como o corpo humano é afetado pela microgravidade a longo prazo e isso é realmente importante para nossos planos de futuro voos espaciais, indo rumo à Lua e Marte”, disse Koch.
Apesar de se sentir honrada pelo tempo que passou na ISS, Koch afirma que a importância em estabelecer o novo recorde “não é tanto sobre quantos dias você está aqui, mas o que você traz a cada dia”. Para ela, este é um “grande lembrete para trazer o seu melhor”. Além disso, ela espera que o recorde seja logo superado por outra mulher, “porque isso significa que continuamos a ultrapassar esses limites”.
Koch também destacou a importância de falar sobre recordes como este para inspirar as próximas pessoas que continuarão o trabalho. “Acho que é inspirador, porque os futuros exploradores espaciais precisam ver pessoas que os lembrem de si mesmos”. Ter uma inspiração para si mesma foi importante para a formação de Koch e, por isso, “ter a oportunidade de fazer isso para futuros exploradores espaciais é uma verdadeira honra”.
Além de astronauta, Koch é engenheira e física, e realizou missões científicas em lugares como o polo sul e a Groelândia. Ela também trabalhou como engenheira eletrotécnica no laboratório de astrofísica do Centro de Voo Espacial Goddard, e foi selecionada como candidata a astronauta em 2013.
É possível que outras conquistas preencham ainda mais o currículo de Koch: ela está entre as 12 candidatas para participar do Programa Artemis, que levará uma mulher à Lua pela primeira vez em 2024.
Trending no Canaltech:
- Atenção: WhatsApp deixará de funcionar nestes dispositivos nos próximos dias
- Os maiores #fails da exploração espacial em 2019
- Netflix revela quais foram as séries e filmes mais assistidos no Brasil em 2019
- Cientistas descobrem um mineral extraterrestre em meteorito australiano
- TV paga está sentenciada à morte, afirma Anatel sobre caso Fox
Fonte: Canaltech