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BC pode liberar pagamento de serviços públicos e impostos em bancos digitais




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Parece que o governo vive uma revolução, quando o assunto é o setor financeiro – já que começa a abrir os olhos para as fintechs. Isso porque, em dezembro do ano passado, o Banco Central (BC) anunciou seu desejo de que usuários de bancos digitais pudessem sacar dinheiro em qualquer caixa eletrônico – o tema ainda está em tramitação.

Agora, segundo informações do Valor, o governo estuda a possibilidade de uma série de medidas que facilitem o pagamento de contas do serviço público e tributos para cidadãos e empresas. A ideia é ampliar o pagamento dessas tarifas, liberando que ele seja feito via fintechs, bancos pequenos e empresas de cartões aos serviços de recebimento. Aparentemente, essa discussão já atinge as esferas do BC, da Receita Federal e da Secretaria do Tesouro Nacional

Atualmente, os serviços de cobrança e arrecadação do governo estão nas mãos de grandes instituições financeiras. Para dimensionar esse mercado, essa atividade gerou uma receita combinada de R$ 8,9 bilhões para o Itaú Unibanco, o Banco do Brasil (BB), o Bradesco, a Caixa e o Santander. São valores calculados entre janeiro e setembro de 2019, ou seja, em menos de um ano.


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Já pensou em pagar os boletos do governo no seu banco digital? O Governa está estudando essa possibilidade (Foto: Reprodução/ Future)

O que pode mudar?

Hoje, o cidadão que deseja pagar, de forma eletrônica, contas de energia, faturas de telefonia ou tributos, precisa saber se o governo ou a empresa prestadora do serviço têm convênio com o seu banco pessoal. Nessa operação, o banco é remunerado pelo uso do canal.

Caso não tenha esse convênio, o cidadão precisa sacar o valor em dinheiro e ir até uma instituição credenciada para, só assim, efetuar o pagamento. Nesse momento, são os grandes bancos que controlam a maioria das redes de atendimento.

Se aprovada, a proposta visa flexibilizar todo esse processo, permitindo que o pagamento desses tributos possa ser feito em qualquer instituição, mesmo aquelas não conveniadas. Assim, o usuário poderá escolher pagar seus impostos, por exemplo, via bancos digitais, como Nubank, Banco Inter ou C6 Bank.

Essas instituição consideradas mais novas no mercado estão entre as preferidas dos usuários mais jovens, isso porque apresentam pouca burocracia e menores taxas como seus principais benefícios. Além de atendimento online e operação enxuta, ou seja, sem agências ou terminais autoatendimento próprio. É uma boa maneira de aproximar os serviços públicos desse nicho.

O assunto já está em pauta entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) com supervisão do BC.

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Fonte: Canaltech

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