Já existe quase 1,5 milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cientistas e pesquisadores já sabem que esse vírus tem uma boa capacidade de contaminar pessoas, mas afinal: como esse patógeno invade uma célula saudável?
Para descobrir esse processo, uma equipe de cientistas brasileiros do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) utilizaram amostras do vírus SARS-CoV-2 isoladas, que foram coletadas do nariz e da garganta de um paciente infectado. Após a coleta, infectaram células saudáveis de linhagem Vero, frequentemente utilizada para ensaios em laboratório.
Através da técnica de microscopia eletrônica de transmissão, os cientistas da Fiocruz captaram o momento em que o vírus consegue invadir a célula. Nas imagens captadas, também é possível identificar diversas partículas do novo coronavírus tentando infectar o citoplasma da célula, onde pode ser visualizado o núcleo, responsável por guardar o material genético da célula. Ou ainda compreender como agem as partículas virais no interior da célula infectada.
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No registro acima feito pela Fiocruz, o coronavírus ainda não infectou a célula. Essa imagem ampliada apresenta partículas virais do SARS-CoV-2 (podem ser identificados pelos pontinhos mais escuros) que ainda estão aderindo à membrana da célula que será infectada.
Na imagem a seguir, há um zoom em uma única partícula viral. Dessa maneira, é possível analisar como o patógeno inicia o seu processo de infecção que irá desencadear um novo caso da COVID-19 no potencial portador dessa célula saudável. O vírus está trabalhando para romper a membrana celular.

Na foto abaixo, o patógeno, que iniciava seu processo de invasão, conseguiu entrar na célula. Isso significa que já há infecção viral no “paciente” em questão e que, no interior dessa célula infectada, também ocorre a replicação viral. Os vírus, ao entrarem na célula, se rompem e liberam seu material genético (o RNA viral). A partir daí, “escravizam” a célula para que ela se torne uma fábrica de novos vírus, replicando-os.

Esse registro, até então inédito no Brasil, foi obtido durante pesquisa que investiga a replicação viral do SARS-CoV-2, conduzido pelos pesquisadores Débora Barreto e Marcos Alexandre Silva, do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, e Fernando Mota, Cristiana Garcia, Milene Miranda e Aline Matos, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo. É mais um passo para entender a melhor forma de combater e tratar os casos da COVID-19.
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Fonte: Canaltech