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Com foco em Marte, plano da NASA para pousar na Lua pode sofrer grandes mudanças




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A NASA tem enfrentado algumas dificuldades há alguns meses em conseguir apoio na Câmara para obter o financiamento necessário para retornar à Lua em 2024. Em 2019, o subcomitê responsável pela aprovação do orçamento para a política científica dos Estados Unidos disse que era melhor usar o cronograma original da NASA, que previa o novo pouso na Lua apenas em 2028. Agora, um novo projeto de lei também tenta mudar a estratégia da agência espacial.

Embora o Programa Artemis tenha como objetivo levar humanos de volta à superfície lunar, ele também serve como “trampolim” para chegar até Marte – por isso o plano tem sido chamado de “Moon to Mars”. A Lua, bem como a estação espacial lunar Gateway, seriam pontos de partida para futuras missões rumo ao solo marciano. Mas a nova proposta quer reduzir a ênfase no pouso na Lua e até mesmo os planos para essa estação.

Apresentado em janeiro de 2020 pelo democrata Kendra Horn, presidente do Comitê de Ciências da Câmara, o projeto de lei H.R. 5666 estabelece que “o programa Moon to Mars terá o objetivo provisório de enviar uma missão tripulada para a superfície lunar até 2028 e o objetivo de enviar uma missão tripulada para orbitar Marte até 2033”.


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Conceito de módulo lunar do Programa Artemis (Imagem: Nasa)

Neste novo planejamento, a estação Gateway não precisaria mais ficar na órbita da Lua e seria conhecida como “Gateway to Mars”. Desse modo, ela não seria mais necessária aos pousos lunares. Outra mudança drástica é que a NASA deveria ter total posse do módulo de pouso lunar, que anteriormente seria fornecido por empresas comerciais. A agência espacial já havia apresentado um programa para as desenvolvedoras do módulo de pouso, e empresas como a Boeing já estavam projetando sua própria nave para fornecer à NASA.

Tudo isso é para garantir que os EUA sejam os primeiros a levar uma tripulação humana para Marte. “Os americanos devem ser os primeiros a pisar no Planeta Vermelho, e o H.R. 5666 nos aproxima desse objetivo, com um direcionamento de ação constante e sustentável”, disse o deputado Horn, que tem apoiantes democratas e republicanos.

Caso o projeto seja aprovado pela Câmara e prevaleça sobre o projeto do Senado, a NASA deverá reduzir e muito as atividades que planejou para executar na superfície lunar após o pouso com a Missão Artemis. Assim, a agência fica liberada para se dedicar à missão humana em Marte. Além disso, a tão sonhada base lunar deixaria de estar sob a Missão Moon to Mars e, portanto, exigiria um financiamento separado. Os planos de investigar coisas como o gelo lunar também seriam deixados de fora da missão principal.

Ainda resta esperar pela aprovação do projeto. Até lá, a NASA deve tentar conseguir apoio na Câmara, caso queira manter os planos de pousar na Lua em 2024.

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Fonte: Canaltech

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