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Como estão as missões da NASA em meio à pandemia de COVID-19?




Como estão as missões da NASA em meio à pandemia de COVID-19? - 1

A NASA conta com milhares de cientistas e especialistas de diversas áreas cuidado de suas muitas missões em andamento. Devido à epidemia de COVID-19, eles estão agora trabalhando em suas respectivas casas, reunindo-se virtualmente através de videoconferência – e isso não impede que as naves e sondas espaciais atualmente em funcionamento continuem seu trabalho.

Além de várias pesquisas que a NASA está realizando sobre o impacto da pandemia ao redor do planeta, a agência espacial dos EUA continua a manter suas missões robóticas através do Community Coordinated Modeling Center – uma parceria entre várias agências para executar e apoiar as pesquisas e o desenvolvimento da ciência espacial e os modelos de clima espacial.

Entre as missões que continuam a todo vapor, estão o Solar Dynamics Observatory e o Solar Terrestrial Relations Observatory, que monitoram o Sol 24 horas por dia, sete dias por semana. A agência espacial também segue “de olho” em asteroides, detectando e estudando objetos que se aproximem da Terra.


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Concepção artística que mostra a sonda OSIRIS-REx coletando amostras do asteroide Bennu (Imagem: NASA)

Também há estudos sendo feitos em asteroides mais distantes, como Bennu, observado de pertinho pela sonda OSIRIS-REx. No dia 14 de abril, ela fará um sobrevoo a uma distância de cerca de 125 metros da superfície. Depois, em 26 de maio, passará a 250 metros de altitude do local conhecido como Osprey, uma das regiões do asteroide onde amostras serão coletadas e, posteriormente, trazidas à Terra.

A NASA também enviou recentemente um relatório ao Conselho Nacional do Espaço sobre o Programa Artemis, que levará a primeira mulher e o próximo homem à Lua. Também foi apresentado um cronograma para o estabelecimento de uma presença humana sustentável e permanente na Lua.

O projeto inclui vários elementos: um veículo lunar que transportará a tripulação na superfície do satélite natural; uma plataforma habitável móvel que permitirá a realização de viagens com estadias prolongadas na Lua, com duração de até 45 dias; uma plataforma habitável fixa, que abrigará até quatro astronautas em estadias mais curtas; e a estação Gateway, que permanecerá na órbita lunar para realizar pesquisas científicas.

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Infográfico mostrando a evolução das atividades lunares do Programa Artemis na superfície e em órbita (Imagem: NASA)

“Nos próximos anos”, disse o administrador da NASA, Jim Bridenstine, “Artemis servirá como nossa Estrela do Norte, enquanto continuamos a trabalhar para uma exploração ainda maior da Lua, onde demonstraremos os principais elementos necessários para a primeira missão humana a Marte”.

Falando em Marte, o rover Curiosity realizou recentemente mais uma atividade de perfuração. Foi a primeira tarefa desse tipo a ser executada enquanto a equipe da missão controla o robê trabalhando em home office. O buraco foi perfurado em um local específico com o objetivo de compreender mais sobre um material que formava a camada que cobria uma grande parte da cratera Gale.

Júpiter, por sua vez, receberá uma nova aproximação da sonda Juno em 10 de abril. Ela fará um sobrevoo a uma atitude projetada para realizar medições de partículas na aurora do planeta. Os cientistas esperam obter dados que ajudarão a responder perguntas importantes sobre como a aurora do planeta funciona, comparando-a com as auroras da Terra.

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Concepção artística da sonda Juno em Júpiter (Imagem: NASA)

Enquanto isso, a NASA comemora, neste mês de abril, o trigésimo aniversário do telescópio espacial Hubble, que fará aniversário no dia 24. O outro grande observatório operacional da NASA, o Chandra, continua a estudar objetos em todo o universo por meio de “visão” de raios-x. Nas últimas semanas, ele coletou dados da Supernova 1987A e de um aglomerado de galáxias em desenvolvimento a 10 bilhões de anos-luz de distância, entre outros objetos. O Chandra também observará, em breve, um possível magnetar – estrela de nêutrons com um campo magnético extraordinariamente forte – descoberto em 10 de março.

Por fim, dados científicos continuam sendo enviados da Estação Espacial Internacional (ISS), inclusive do NICER, um telescópio da NASA que fica na estação orbital. Alguns dos destaques do NICER nas últimas duas semanas incluem a detecção de uma falha em um magnetar e a descoberta de um sistema binário de estrelas de nêutrons.

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Fonte: Canaltech

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