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Comunidade LGBT+ vai ganhar app com botão de pânico para situações de risco




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No último sábado (18), durante um evento no Rio de Janeiro, o Projeto Resistência Arco-Íris, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, lançou um aplicativo em parceria com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos. O app leva o nome de Dandarah, em homenagem a travesti Dandara dos Santos, que foi assassinada em 2017.

A ideia do aplicativo é fazer com que membros da comunidade LGBTQI+ se informem, denunciem, registrem violências, e também apontem locais seguros para a população. Outro diferencial é o botão de pânico que notifica cinco pessoas cadastradas em caso de situação de risco. Atualmente, é possível baixar a versão beta em dispositivos Android.

Em entrevista ao Tilt, a Idealizadora do projeto, a especialista em saúde digital Angélica Baptista, explica que a premissa é gerar uma grande nuvem de dados que possa ser analisada por especialistas dos movimentos sociais, pois os dados sobre esse tipo de violência ainda são difusos e escassos no Brasil.


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“A pessoa que estiver no trabalho à noite e sofrer alguma agressão verbal, ou mesmo violência física, vai poder acionar esse dispositivo. Do outro lado, cinco pessoas receberão mensagens curtas, com a geolocalização da vítima e uma pequena mensagem, do tipo ‘estou em perigo'”, conta. Vale lembrar que os dados ficarão guardados nos servidores da Fiocruz.

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Aplicativo Dandarah conta com serviços e botão de pânico (Foto: Tilt)

A idealizadora também diz que as políticas públicas relacionadas à saúde precisam ser baseadas em evidências, para que tenham força de convencimento combatendo justamente a invisibilidade dessas pessoas. Ela conta que o app ainda está em fase de desenvolvimento. “Nós selecionamos mais de 30 apps com esse intuito. A ideia é que possa ser usado em todo o país”.

Para Angélica Baptista, um dos principais pontos que diferem o app é justamente poder acessar e compreender informações que não são disponibilizadas em outros grupos de apoio em plataformas como o Facebook e WhatsApp. “Com esses dados, poderemos nortear as políticas de combate à violência que hoje ainda é mascarada, entender de onde e como está vindo. Com essa dinâmica, essas violências podem ser mais bem quantificadas e qualificadas em suas formas verbais, física e letal”, conclui.

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Fonte: Canaltech

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