Segundo novas informações da OMS (Organização Mundial de Saúde), somente uma pequena porcentagem da população mundial, entre 2% e 3%, parecem ter anticorpos no sangue, indicando que já contraíram a COVID-19. Com a informação, fornecida por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, notícias positivas sobre uma previsão de fim do isolamento estão a cada vez mais longe.
A médica Maria Van Kerkhove, especialista norte-americana em doenças infecciosas e responsável pelos esforços contra a COVID-19, conta que as expectativas da quantidade de pessoas infectadas em todo o mundo, adquirindo anticorpos, seria maior. No entanto, ela afirma que ainda é muito cedo para ter uma resposta concreta.
Um estudo realizado pela Universidade de Stanford, feito no condado de Santa Clara, na Califórnia, mostra que o número oficial de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus pode, na verdade, ser de 50 a 85 vezes maior. A região contava com somente 1.094 casos confirmados de COVID-19 na época da pesquisa, mas testes de anticorpos acabaram mostrando que cerca de 48 mil a 81 pessoas foram infectadas no início de abril, a maioria sem apresentar sintomas. Mesmo assim, somente 3% das pessoas infectadas possuem anticorpos contra o vírus.
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Na Holanda, em outro estudo realizado com 7 mil pessoas, somente 3% deles contavam com os anticorpos. Van Kerkhove alerta, no entanto, que é preciso estar atento à forma na qual esses estudos são conduzidos, questionando, por exemplo, como foram encontradas as pessoas usadas na pesquisa e suas condições de saúde. “Estamos trabalhando com uma quantidade de países que estão realizando esses estudos sorológicos”, conta a médica, afirmando que a OMS apoia somente métodos considerados robustos e validados com precisão.
Fonte: Canaltech
