Um grupo formado por cientistas e médicos, incluindo o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, publicou um relatório técnico na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical que prevê o aumento de casos da COVID-19 no Brasil e reforça a necessidade de isolamento social para combater a pandemia ativamente no país.
Além do ministro, o documento traz a assinatura de cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Fiocruz e da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado.

De acordo com a publicação divulgada pela Agência BORI, mesmo que o Brasil esteja implementando algumas medidas para reduzir o número de transmissões do novo coronavírus (SARS-CoV-2), como o isolamento social, é esperado um aumento nos casos da COVID-19 nos próximos meses.
–
CT no Flipboard: você já pode assinar gratuitamente as revistas Canaltech no Flipboard do iOS e Android e acompanhar todas as notícias em seu agregador de notícias favorito.
–
“Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará potencialmente circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio”, explicam os autores sobre o possível cenário brasileiro no relatório, sem mencionar previsões numéricas.
“Assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com COVID-19, bem como a disponibilidade de testes diagnósticos específicos”, ainda afirmam os envolvidos sobre as possíveis demandas para a Saúde.
O grupo de pesquisadores reforça o isolamento social e explica que não é uma medida contrária à economia: “Se o distanciamento social for eficaz limitando o acesso do público apenas a serviços essenciais, o impacto econômico pode ser mitigado enquanto a epidemia é controlada.”
Menos preconceito e mais máscaras
Além do isolamento social, um eficiente método para impedir o aumento de transmissões do novo coronavírus seria o uso das máscaras descartáveis ou de pano no cotidiano dos brasileiros. Nesse sentido, os autores explicam que diferenças culturais podem impactar diretamente na popularidade desse cuidado.
Isso porque o uso de máscaras é comum e aceito na Ásia, mas nem tanto na América Latina. “Essas diferenças podem ser decisivas na evolução das pandemias e também precisam ser abordadas nos protocolos de ciências sociais”, comenta o relatório.
Até o momento, o Brasil contabiliza mais de 660 óbitos e mais de 12 mil casos confirmados desde o início o primeiro caso da pandemia no país, dia 26 de fevereiro. No entanto, o número real de contaminados tende a ser maior devido à subnotificação.
Trending no Canaltech:
- App para receber os R$ 600 do auxílio emergencial chegou. Saiba como baixar
- WhatsApp limita ainda mais o encaminhamento de mensagens no aplicativo
- Auxílio emergencial: saiba quem tem direito e como receber
- TikTok | Canal oficial do Estado de SP faz sucesso no combate à pandemia
- Haylou Solar é um smartwatch completo que custa apenas R$ 110
Fonte: Canaltech