Uma série de explosões levou mais de 200 pessoas à morte no Sri Lanka durante celebrações de Páscoa em hotéis e diversas localidades do país asiático, prontificando o governo local a bloquear o acesso a redes sociais e WhatsApp a fim de combater a disseminação de notícias falsas.
Segundo o secretário presidencial e porta-voz do governo, Udaya Seneviratne, a ideia é que as redes voltem ao funcionamento normal após apurações das autoridades: “O governo decidiu pelo bloqueio temporário de sites de mídias sociais, incluindo Facebook e Instagram, para combater relatos de notícias falsas”. Usuários das redes no país relatam que desde ontem os três pilares de propriedade do Facebook — a rede social homônima, além do Instagram e do app de mensagens WhatsApp — estão inacessíveis. Nada foi dito sobre o Messenger, mas dado o seu funcionamento em proximidade com o Facebook, ele provavelmente também se encontra bloqueado.
Falando ao Techcrunch, o Facebook emitiu comunicado confirmando o banimento temporário:
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“Nossos corações estão com as vítimas, seus familiares e com a comunidade afetada por esse ato horrendo. Equipes de todo o Facebook vêm trabalhando para apoiar os respondentes e as autoridades da lei, bem como para identificar e remover quaiquer conteúdos que violem nossos padrões. Estamos cientes do comunicado do governo em relação ao bloqueio temporário de plataformas de mídias sociais. As pessoas dependem de nossos serviços para se comunicar com seus entes queridos e estamos compromissados a mantê-los e ajudar a comunidade e o país ao longo desse período trágico”.
Durante as celebrações de Páscoa no domingo, oito bombas explodiram em diversas localidades do Sri Lanka, incluindo hotéis e igrejas que estavam promovendo serviços de comemoração a um dos dias mais aglomerados e famosos do calendário cristão. Até o momento, a contagem está em pelo menos 207 mortos e muitos feridos.
Não é a primeira vez que o Sri Lanka institui bloqueio às redes sociais: em maio de 2018, o governo local reclamou que plataformas de propriedade do Facebook (majoritariamente o WhatsApp) vinham sendo utilizadas por grupos que incentivavam ataques e linchamentos por intolerância religiosa à minoria muçulmana que reside ali. Na época, jornais e sites do mundo todo acusaram o Facebook de fazer muito pouco para policiar esse tipo de conteúdo.
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Fonte: Canaltech
