Os funcionários dos Correios anunciaram uma nova greve já com início nesta quarta-feira (31). A decisão veio depois de reunião da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) com diretoria da empresa na manhã desta terça-feira (30). O grupo buscava acordos sobre reajustes salariais e de participação em convênios médicos.
Segundo levantamento da Exame, o Fentect reclama de baixos reajustes salariais, além da retirada de pais como dependentes de planos de saúde. A federação enviou um ofício ao novo presidente dos Correios, Floriano Peixoto, informando sobre a greve.
No documento, os funcionários dizem que a greve será por tempo indeterminado por conta de “reivindicações não atendidas pela empresa à mesa de negociação” e por falta de “reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria”.
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Os Correios contam com uma dívida de R$ 6 bilhões relacionados a planos de saúde e previdência de funcionários, motivo pelo qual pretende mudar a taxa de participação de funcionários em convênios. Hoje, esta taxa está na casa de 30%.
Apesar de já ter decretado greve, a Fentect informou que está disposta a negociar.
A movimentação acontece em meio a polêmicas sobre privatização da empresa estatal. Desde abril o governo sinaliza estudos para a venda da companhia. Em maio, o Ministério da Economia confirmou os estudos em publicação no Twitter.
Salim pontuou que gestões passadas com histórico de corrupção afetaram a eficiência dos Correios e elevaram em grandes proporções o seu custo ao cidadão brasileiro.
— Ministério da Economia (@MinEconomia) April 30, 2019
O motivo da negociação seria desonerar o estado. “Decisões equivocadas causaram um rombo de mais de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis”, disse o secretário. Ainda segundo a pasta, apenas o plano de saúde dos funcionários da empresa já criou um “rombo de R$ 3,9 bilhões”.
A estatal tem 356 anos de existência e atualmente é subordinada ao Ministério das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação. Após prejuízos registrados entre 2103 e 2016, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos registrou lucro de R$ 161 milhões em 2018 e de R$ 667,3 milhões em 2017.
No momento, os Correios afirmam que estão em negociação com grevistas, mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho.
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Fonte: Canaltech