Desde que um estudo francês encontrou evidências de que a combinação da hidroxicloroquina (um popular medicamento para a malária, lúpus e artrite reumatoide) com o antibiótico azitromicina pode reduzir o tempo de vida do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma multidão foi atrás dos remédios — mesmo que isso não haja consenso sobre isso na comunidade médica. Agora, um novo levantamento gera ainda mais dúvidas sobre a real eficácia da hidroxicloroquina sozinha.
Segundo um relatório publicado recentemente pelo Journal of Zhejiang University, da China, tanto os pacientes que receberam o medicamento quanto os que não tomaram a droga tiveram resultados semelhantes no combate à COVID-19. Trinta pessoas participaram do experimento e, das 15 que usaram a hidroxicloroquina, 13 apresentaram resultado negativo para o coronavírus, após uma semana de tratamento. Dos outros 15 que não ingeriram o remédio, 14 testaram negativo — o que, estatisticamente, não representa diferença significativa.

Parte do entusiasmo anterior ganhou chancela do presidente Donald Trump, que também se animou com a possibilidade do “coquetel” usado na experiência francesa ter apresentado resultados inicialmente promissores. Contudo, posteriormente, autoridades médicas ligadas à Casa Branca admitiram que são necessários mais testes. E isso é exatamente o que vem acontecendo com muitos pacientes hospitalizados em Nova Iorque.
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Levantamento realizado na China mostrou até efeitos colaterais indesejados
No estudo chinês, realizado por pesquisadores do departamento de infecção e imunidade do Centro Clínico de Saúde Pública de Xangai, os 15 pacientes que não receberam hidroxicloroquina foram tratados com cuidados convencionais. Isso inclui repouso no leito, inalação de oxigênio e uso de medicamentos antivirais recomendados pelas diretrizes do governo.
Já na ala das pessoas que receberam hidroxicloroquina, uma das pessoas viu a COVID-19 evoluir para um quadro grave — não há exatamente uma relação disso com o medicamento, mas não houve melhora. Quatro pacientes tiveram diarreia e sinais de possíveis danos ao fígado. Com isso, os pesquisadores concluem que ainda são necessárias pesquisas mais abrangentes, com um número maior de participantes, para realmente chegar a alguma conclusão sobre os riscos e benefícios da droga.
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Fonte: Canaltech