Uma galáxia peculiar, localizada a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, na constelação Coma Berenices, foi fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble. A característica que a torna um tanto especial é sua aparência “floculenta”.
Essa palavra estranha usada na química significa que, olhando à distância, a galáxia NGC 4237 parece um aglomerado de flocos aglutinados – mais ou menos como um prato de mingau empelotado. Também podemos pensar nisso como um amontoado de pedaços fofinhos de algodão.
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Descoberta pelo astrônomo William Herschel em 1783, a NGC 4237 é uma galáxia espiral, embora seja difícil dizer isso à primeira vista. É que sua aparência pode confundir o olhar menos atento, pois, em galáxias floculentas, os braços espirais são um tanto irregulares e difíceis de distinguir. Mas não é apenas essa aparência que chama a atenção dos astrônomos.
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No bojo (grupo de estrelas que forma uma espécie de esfera luminosa no centro da maioria das galáxias espirais) da NGC 4237, provavelmente existe um buraco negro supermassivo. Há evidências de que a massa do buraco negro está relacionada à massa do bojo, mas a relação ainda não é muito bem compreendida. Os astrônomos estudam essa região central para tentar entender como as galáxias evoluem e como o buraco negro central cresce através do tempo.
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Existem teorias que tentam explicar como os buracos negros supermassivos podem crescer e se tornar tão grandes. Os cientistas concordam que esses objetos localizados no centro de uma galáxia podem crescer através da acreção, ou seja, a acumulação de matéria através da ação da gravidade. Mas exatamente de onde esses buracos negros gigantescos vêm e como eles moldam a evolução galáctica, ainda são questões aguardando uma resposta definitiva.
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Fonte: Canaltech