No dia 4 de abril, um incêndio florestal começou a acontecer próximo a uma antiga usina nuclear em Chernobyl — e seus efeitos puderam ser vistos do espaço, por meio de satélites. Inicialmente, a queima abrangeu uma área de 20 hectares, mas atingiu uma extensão de 35 hectares depois de apenas três dias. Há dois dias, essa extensão já era de cerca de 100 hectares.
Uma imagem foi divulgada pela NASA, mostrando o incêndio causado por humanos na Zona de Exclusão de Chernobyl, na Ucrânia — aquela determinada desde o acidente nuclear de 1986, quando um dos reatores atômicos explodiu, exigindo que um grande número de pessoas fosse evacuado, o que resultou no estabelecimento dessa zona de exclusão no território contaminado. Essa zona mede 2.600 quilômetros quadrados, mas, ainda hoje, cerca de 200 pessoas vivem ali, segundo a NASA.
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A Zona de Exclusão de Chernobyl permanece intensamente contaminada, e assim continuará por muitos anos. E, claro, um incêndio na região não colabora em nada; ao contrário, faz com que os níveis de radiação no local aumentem, inclusive. Pelo Facebook, Yegor Firsov, chefe do serviço de inspeção ecológica da Ucrânia, mostrou um Contador Geiger próximo a um foco do incêndio, revelando pelo menos 2,3 mSv (milésimos de Sievert) por hora — a leitura normal da área costuma ser de 0,14 mSv/h.
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Fonte: Canaltech