Cientistas do Instituto Meteorológico da Universidade de Aalto, na Finlândia, simularam uma situação incrível de como o coronavírus pode pairar no ar em um supermercado. O Centro de Pesquisa Técnica VTT da Finlândia e a Universidade de Helsinque estudaram como partículas pequenas emitidas ao tossir, espirrar ou até falar são transportadas no ar, podendo transmitir o coronavírus, e concluíram que a nuvem de aerossol se espalha imediatamente a partir da pessoa que tosse e se dilui no processo, que pode levar alguns minutos.
“Alguém infectado pelo coronavírus pode tossir e se afastar, mas depois deixa para trás partículas extremamente pequenas de aerossol carregando o coronavírus. Essas partículas podem acabar no trato respiratório de outras pessoas próximas”, explica Ville Vuorinen, professor assistente da Universidade de Aalto.
- Inteligência artificial emitiu aviso sobre coronavírus em dezembro
- 10 descobertas sobre o coronavírus feitas por pesquisadores da OMS
- Saiba como Taiwan conseguiu parar o coronavírus usando a tecnologia

Os pesquisadores reproduziram o movimento aéreo de partículas de aerossol menores que 20 micrômetros. Para uma tosse seca, que é um sintoma típico do coronavírus atual, o tamanho das partículas é tipicamente menor que 15 micrômetros. Partículas extremamente pequenas não chegam nem ao chão, mas se movem nas correntes de ar ou permanecem flutuando no mesmo local. Estudos sobre influenza A confirmaram que o vírus pode ser encontrado até mesmo em partículas muito menores, com menos de 5 micrômetros.
–
Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/360/
–
O transporte aéreo e a preservação das gotículas que saem do trato respiratório foram simulados usando um supercomputador e, em seguida, foi realizada a visualização 3D dos resultados. A ideia é usar a visualização para criar uma melhor compreensão do comportamento das partículas de aerossol. Os pesquisadores continuarão trabalhando na modelagem e aprimorando-a ainda mais, enquanto especialistas em doenças infecciosas e virologia examinarão os resultados e sua importância em relação às informações coletadas sobre infecções por coronavírus. O envolvimento de duas universidades suecas fortaleceu ainda mais o projeto em questão.
Assista à simulação:
Trending no Canaltech:
- Gene explica a gravidade da COVID-19 em pacientes com doenças crônicas
- Himalaia volta a ser visível na Índia após lockdown de 21 dias
- Boletim oficial: Brasil apresenta mais de 17 mil casos e 941 óbitos por COVID-19
- Google e Samsung se juntam para desenvolver plataforma Exynos, diz site
- Microsoft revela novo menu Iniciar e recebe críticas nas redes sociais
Fonte: Canaltech