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Muito calor aí? Engenheiros desenvolvem “ar-condicionado” para colar na pele




Muito calor aí? Engenheiros desenvolvem

Você aí, que está derretendo de tanto suar, e nem banho gelado está adiantando: já pensou se tivesse um ar-condicionado que te acompanhasse literalmente para onde quer que você fosse? Pois foi exatamente essa ideia que tiveram alguns engenheiros da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. Eles desenvolveram um ar-condicionado “vestível”, que na verdade, não é nada mais, nada menos, que um adesivo para colar na pele. A equipe estima que terá uma versão pronta para uso em cerca de um a dois anos. Nesse meio tempo, eles também planejam incluir a tecnologia em roupas inteligentes.

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Protótipo do adesivo colado na pele com a ajuda de um substrato polimérico e água (Foto: Universidade do Missouri)

Basicamente, o dispositivo fornece cerca de 6º C de resfriamento para a região do corpo humano em que for colado — sob uma intensidade solar de 840 Wm-2. Ao contrário do que se possa pensar, esse produto não exige bateria ou qualquer outro tipo de alimentação: o ar-condicionado pessoal de fato não consome eletricidade. Isso porque o adesivo é constituído por um material respirável e impermeável que refresca a pele através de um processo chamado refrigeração passiva. Por não utilizar eletricidade, envia o calor para o espaço exterior por meio de um tipo de radiação.

Mas se você acha que o adesivo só funciona como ar-condicionado, está muito enganado: há inúmeras aplicações da tecnologia, principalmente voltadas à saúde, em conjunto com circuitos para monitorar a pressão sanguínea, a atividade elétrica do coração e o nível de hidratação da pele, por exemplo.


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“Nosso dispositivo pode refletir a luz solar para longe do corpo humano para minimizar a absorção de calor, ao mesmo tempo em que permite que o corpo dissipe seu próprio calor, permitindo assim obter cerca de seis graus Celsius de resfriamento durante o dia,” aponta o professor Zheng Yan, responsável pelo desenvolvimento do adesivo.

“Acreditamos que esta é uma das primeiras demonstrações dessa capacidade no campo emergente da eletrônica sobre a pele”, acrescenta.

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A ideia é que haja uma versão pronta para uso em cerca de um a dois anos

Na prática, o adesivo que deve ser aplicado sobre a pele com a ajuda de um substrato polimérico e água, tipo adesivo de chiclete da década de 1990.

“Eventualmente, gostaríamos de pegar essa tecnologia e aplicá-la ao desenvolvimento de tecidos inteligentes,” conta Yan. “Isso permitiria que os recursos de resfriamento do dispositivo fossem disponibilizados para todo o corpo. No momento, o resfriamento está concentrado apenas em uma área específica em que o revestimento está localizado. Acreditamos que isso pode, potencialmente, ajudar a reduzir o uso de eletricidade e também o aquecimento global”, finaliza o profissional.

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Fonte: Canaltech

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