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NASA revive foto incrível da Via Láctea e garante muito mais com novo telescópio




NASA revive foto incrível da Via Láctea e garante muito mais com novo telescópio - 1

O telescópio Spitzer conseguiu, em 2006, capturar uma imagem impressionante de parte da Via Láctea usando seus sensores infravermelhos. Essa foi uma façanha sem precedentes, porque há um manto de poeira e gás que dificulta a vida de qualquer instrumento na missão de obter uma foto com essa. No entanto, em breve veremos imagens muito mais fascinantes, graças ao telescópio espacial James Webb (JWST), ainda mais poderoso, que será lançado em breve. A NASA publicou novamente a foto do Spitzer para contar alguns detalhes sobre seu próximo telescópio espacial.

Previsto agora para ser lançado em 2021, o James Webb usará câmeras infravermelhas mais avançadas para criar imagens da galáxia enquanto estiver na órbita da Terra e, além disso, capturar estrelas mais fracas e detalhes menores do espaço, em comparação com o que o Spitzer é capaz de fazer. “Uma imagem do Webb terá a mais alta qualidade já obtida do centro galáctico”, disse Roeland van der Marel, astrônomo que trabalhou na criação dos instrumentos de imagem do novo telescópio espacial. Essas imagens poderão ajudar a responder algumas das maiores perguntas sobre como a nossa galáxia se formou, e como evoluiu ao longo do tempo.

Abaixo, você confere a foto do Spitzer. Ela é, na verdade, um mosaico de fotos menores, mostrando o centro galáctico na luz infravermelha. Na imagem, estrelas antigas mais frias aparecem em azul nas bordas, enquanto as mais jovens e massivas têm tonalidades de vermelho. A faixa horizontal de estrelas mais brilhantes no centro da imagem é parte do plano da Via Láctea.


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A Via Láctea pelo telescópio Spitzer (Imagem: NASA, JPL-Caltech, Susan Stolovy)

No ponto branco brilhante no meio da foto fica o centro da galáxia, cheio de estrelas jovens e, em algum lugar ali, está um buraco negro supermassivo chamado Sagittarius A*, que existe no centro da Via Láctea. Não podemos vê-lo, mas, com a nova tecnologia de infravermelho do James Webb, o novo telescópio poderá fornecer dados sem precedentes sobre este buraco negro.

Além disso, o James Webb estudará todas as fases da história do universo para entendermos como as primeiras estrelas e galáxias se formaram, como nascem os planetas e onde pode haver vida no universo. Um espelho dobrável de berílio com mais de 6 metros de largura ajudará o telescópio a observar galáxias distantes em detalhes e capturar sinais extremamente fracos dentro da própria Via Láctea, também.

O James Webb já está totalmente montado e agora passa por um processo de testes nas instalações da Northrop Grumman, na Califórnia, antes de seu lançamento, previsto para o dia 30 de março de 2021, depois de anos de atrasos. “Tantas coisas interessantes e estranhas acontecem nos centros das galáxias”, disse Marcia Rieke, que supervisiona o desenvolvimento da câmera de infravermelho do James Webb. “Queremos descobrir o que está acontecendo por conta própria”.

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Fonte: Canaltech

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