Mundo Tech

Netflix muda compressão de vídeos para economizar dados móveis no Android




Netflix muda compressão de vídeos para economizar dados móveis no Android - 1

A Netflix anunciou que está começando a utilizar um novo sistema de compressão de arquivos, que promete reduzir em até 20% o consumo de dados no sistema operacional Android. O codec AV1 passa a substituir a tecnologia usada atualmente, a VP9, e deve ser aplicado não apenas na plataforma, mas também em todos os serviços da companhia no futuro.

Estamos falando de uma tecnologia de compressão mais avançada e que tem como benefício o fato de ter sido desenvolvida em software livre para se tornar um padrão. O AV1 é obra da Aliança pela Mídia Aberta, um consórcio que, além da Netflix, também conta com Google e Amazon como participantes, e prevê, justamente, a entrega da maior qualidade de vídeo possível com o menor tamanho de transmissão.

A aplicação em fases tem a ver com o desenvolvimento da tecnologia, que ainda precisa de incrementos na reprodução de cores em 10-bit, justamente o formato usado pela Netflix e outros serviços de streaming. É por isso que a novidade está sendo aplicada apenas no aplicativo do serviço para Android e somente em alguns títulos, em uma opção que deve ser ativada manualmente pelo usuário.


Feedly: assine nosso feed RSS e não perca nenhum conteúdo do Canaltech em seu agregador de notícias favorito.

Netflix muda compressão de vídeos para economizar dados móveis no Android - 2
Opção específica de economia de dados precisa ser ativada no app da Netflix para que o novo codec possa entrar em ação (Imagem: Reprodução/Rafael Rodrigues da Silva)

Para fazer isso, basta acessar a opção “Mais”, no menu inferior da Netflix, e nas configurações do aplicativo, selecionar “Uso de dados da rede celular”. A opção “Salvar dados” precisa estar selecionada nesta tela para que, quando disponível, o AV1 assuma o trabalho de codificação dos vídeos durante a utilização do sistema em redes celulares.

No futuro, a ideia da Netflix é aplicar o AV1 em todo o serviço, incluindo nas plataformas onde a economia de dados não seja necessária. No caso dos usuários, é claro, já que para a empresa de streaming, qualquer melhoria na compressão que resulte em uma menor quantidade de informação transmitida já é lucro, pois resulta em menor espaço de armazenamento e uma utilização eficiente de infraestrutura, aumentando a confiabilidade do serviço e reduzindo os gastos com manutenções e expansões.

Além disso, a ideia é desenvolver um chipset, dispositivos e tecnologias específicas para lidar com o novo codec que, apesar de econômico em termos de compressão, ainda pode ter seus reflexos em poder de processamento. O YouTube, que também já usa o codec para entregar seus vídeos em alguns formatos, avisa aos usuários que a opção reduz o consumo de dados, mas pode aumentar o de bateria e recursos do sistema, exigindo um “computador poderoso” para funcionar adequadamente, principalmente em resoluções mais altas.

É um trabalho que ainda está em andamento e, como a própria Netflix afirma no anúncio da tecnologia, tem a ver com um ponto focal de crescimento no número de assinantes. Economizar os dados móveis deles faz com que eles assistam mais e se interessem por novas produções, o que leva a indústria adiante, por isso, vale a pena fazer um grande investimento em troca de uma economia de 20% nos dados.

 

Trending no Canaltech:

Fonte: Canaltech

Continua após a publicidade..