Assim como diz o documentário Privacidade Hackeada, da Netflix, os dados têm sido o bem mais preciso da atualidade, mais ainda do que o petróleo. A questão do roubo de dados e da invasão de privacidade tem sido muito delicada nos últimos tempos, e mais uma notícia sobre esse assunto deixou preocupada a legião de usuários do Instagram. Isso porque uma empresa parceira, a Hyp3r, usufruiu da plataforma para absorver os dados dos usuários secretamente, passando por cima das políticas da rede social.
De acordo com o Business Insider, a Hyp3r contornou as limitações da coleta de locais e salvar os stories de contas pessoais — conteúdo que deveria desaparecer após 24 horas. Se um usuário postasse algo em um dos milhares de locais e regiões monitorados pelo Hyp3r, seus dados seriam salvos.
A empresa descreve a si mesma como “uma plataforma de marketing baseada em localização que ajuda as empresas a desbloquearem dados geossociais para adquirir e engajar clientes de alto valor”. Sendo assim, alguém que visita uma lanchonete e posta uma selfie pode mais tarde se deparar com anúncios de lanchonetes concorrentes, por exemplo.
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O esquema era feito pela Hyp3r utilizando a API oficial do próprio Instagram, aspirando e armazenando os dados indevidamente, sem o conhecimento da rede social nem a autorização dos usuários.
O Business Insider aponta que a empresa ainda coletava perfis de usuários públicos e informações como bios de usuários e seguidores. Depois combinava esses dados com outras informações de localização e dados de outras fontes.
Em resposta a tudo isso, um porta-voz do Instagram declarou que “as ações da Hyp3r não foram sancionadas e violam nossas políticas. Como resultado, os removemos da nossa plataforma. Também fizemos uma alteração de produto que deve ajudar a impedir que outras empresas copiem as páginas de locais públicos dessa maneira”.
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Fonte: Canaltech