Não devemos estar longe de uma realidade em que navios sejam incapaz de afundar, se depender dos pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York.
A equipe está desenvolvendo uma peça de metal capaz de impedir que o navio afunde, mesmo que ele seja perfurado.
Em 1912, o Titanic foi construído com a promessa de não afundar, mas, após atingir um iceberg, não demorou mais de duas horas e meia para que fosse completamente submerso. De acordo com os engenheiros responsáveis pelo lendário navio, isso não aconteceria devido ao design dos compartimentos. No entanto, não foi considerado que um acidente poderia também danificar esses compartimentos.
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O projeto de desenvolvimento do metal está recebendo investimentos do Exército dos Estados Unidos, da National Science Foundation, e também da Fundação Bill e Melinda Gates, do co-fundador da Microsoft e sua esposa.
Como funciona
Os pesquisadores explicam que um navio flutua deslocando a água, e precisa pesar menos que o volume da água que será deslocada. Quando os compartimentos do Titanic, então, foram inundados, o navio acabou pesando mais que a água deslocada, provocando a tragédia.
Para evitar que este tipo de incidente aconteça, os pesquisadores criaram uma forma de deslocar a água constantemente. Para isso, foram usados lasers para gravar pequenos sulcos na superfície de um disco de alumínio, permitindo que esses espaços retenham o ar e criem uma barreira protetora para que as gotas de água deslizem na superfície do metal.
No entanto, com o metal embaixo d’água por tanto tempo, os espaços, eventualmente, acabariam sendo preenchidos com água em vez de ar. Mas os pesquisadores pensaram nessa hipótese e criaram uma peça composta por dois discos de metal em um pilar, cada um em uma ponta, com ranhuras na parte interna.
Assim, haveria um pequeno espaço no centro de tamanho suficiente para impedir que a água entre, criando ainda uma bolha de ar que ajuda na flutuação.
O próximo passo dos pesquisadores, agora, é manter o projeto imerso em água com peso extra por cerca de dois meses para analisar se a peça vai perder a sua flutuabilidade. Após esse período, a missão final será verificar se a peça de metal poderá suportar danos mais graves.
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Fonte: Canaltech