Por mais que os primeiros casos de COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus, tenham surgido em dezembro do ano passado, ainda é relativamente cedo para ter respostas concretas em relação ao tratamento, vacina e curas, além da realização rápida e prática dos exames.
Pensando em novas soluções, a Universidade do Centro de Queensland, na Austrália, está estudando a pulseira inteligente da marca WHOOP, que faz o monitoramento de saúde. O estudo vem sendo feito em parceria com a clínica Cleveland, coletando dados obtidos pelo aparelho de centenas de voluntários que se autodiagnosticaram com COVID-19, fazendo então uma análise de respiração.
O dispositivo em questão é o WHOOP 3.0 que, recentemente, foi validado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, com exatidão em seus recursos de medição de frequência respiratória durante o sono, fornecendo ao usuário informações sobre a qualidade do seu descanso.
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O resultado da pesquisa mostrou que o dispositivo está entre as ferramentas de medição respiratória mais eficazes e menos invasivas, sendo então um recurso que pode ser útil para detectar alterações anormais em um paciente, como os sintomas de COVID-19. De acordo com a equipe desenvolvedora do WHOOP, as taxas respiratórias obtidas pelo dispositivo raramente escapam de uma média individual já estabelecida, contando que, quando isso acontece, duas podem ser as causas.
A primeira seria por fatores ambientais, como altas temperaturas e diferenças significativas na concentração de oxigênio, ou com algum problema acontecendo dentro do organismo, como infecções do trato respiratório inferior, que costuma ser atacado pela COVID-19 e que são diferentes das infecções do trato respiratório superior, que envolve gripes e resfriados.
Sendo assim, há fortes relações entre as alterações de taxas causadas por problemas do trato respiratório inferior, que não são explicados por causas ambientais, com os efeitos da COVID-19. O WHOOP, portanto, é capaz de identificar taxas respiratórias anormais antes mesmo que o paciente sinta falta de ar significativa.
Segundo a equipe de estudos, a pesquisa deve levar cerca de seis semanas, com a meta de detectar pelo menos 500 indivíduos com teste positivo para COVID-19.
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Fonte: Canaltech