O Google prepara para 2020 a descontinuação de seu programa Google Station, que levava conexão Wi-Fi gratuita a pontos de transporte público e estações em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Segundo o vice-presidente de Pagamentos da empresa, Caesar Sengupta, o barateamento contínuo dos planos de dados das operadoras fez com que o programa deixasse de ter utilidade.
Aliado a isso, o programa em si lutava com formas de se tornar mais escalável e monetizável: há três meses, o Google posicionou o Station na África do Sul e passou a exibir anúncios cada vez que um usuário se conectava a ele em qualquer país. Mesmo isso, porém, não serviu para permitir que a empresa pudesse manter a estrutura de forma sustentável e com possibilidades de expansão.
A iniciativa contava com diversos fornecedores locais de serviços de internet, sendo que, no Brasil, o Google trabalhava com a America.net e a Linktel. No Brasil, o Google Station chegou há menos de um ano (junho de 2019) e era oferecido em São Paulo (estendo-se a algumas áreas do litoral, como Ilhabela) e Fortaleza. Em grandes áreas metropolitanas, era mais comum de ser notado em pontos de ônibus da cidade. Entretanto, o volume de uso do programa no Brasil nunca foi divulgado e muitas pessoas sequer o conhecem. O Canaltech buscou comentários por parte do Google no Brasil, mas até o momento, a empresa ainda não se manifestou.
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Em outros países, o Google Station sofreu severa competição mesmo sendo gratuito: na Índia, o homem mais rico do país, Mukesh Ambani, passou a oferecer amplas quantidades de dados em conexão 4G a custo zero, levando internet a muitos indianos — e o fez com apenas alguns meses da estreia do Station no país. Questionado, na época, se sua iniciativa de alguma forma tornaria o projeto do Google menos relevante, Ambani disse que muitas pessoas ainda se conectavam ao programa da empresa de Mountain View, devido à fome dos indianos por dados e conexão à internet.
“O desafio da variedade de requerimentos técnicos e infraestrutura por todos os nossos parceiros em diversos países também dificultou para o Station ser escalável e sustentável, especialmente para estes parceiros”, disse Sengupta ao Techcrunch. “E quando paramos para avaliar onde nós podemos de fato trazer um impacto para o futuro, vemos uma necessidade e oportunidade maiores em construir produtos e funções desenhadas para funcionar melhor para o próximo mercado de um bilhão de usuários”, finalizou.
O Google não estabeleceu uma data limite para o fim do serviço, o que indica que sua descontinuação será feita de forma gradual. Para todos os efeitos, a empresa assegura que isso não deve passar de 2020.
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Fonte: Canaltech