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“Revolução genômica”: Reino Unido quer mapear 5 milhões de bebês em cinco anos




Com um ambicioso projeto de sequenciar 5 milhões de genomas nos próximos cinco anos, todas as crianças britânicas poderão receber seu próprio código ao nascer. Pelo menos é o que o Reino Unido planeja oferecer no Serviço Nacional de Saúde (NHS), que é um sistema gratuito.

Segundo o secretário de saúde e político Matt Hancock, membro do Partido Conservador, os testes serão rotineiros e oferecidos como verificação padrão para recém-nascidos. Dessa maneira, espera-se mapear o risco de doenças genéticas e oferecer atendimento “preditivo [de forma especulativo] e personalizado.”

Embora as informações possam melhorar os cuidados e aproveitar os avanços da ciência, as famílias enfrentarão um dilema: se desejam ou não saber sobre os riscos de saúde que uma criança poderá enfrentar durante sua vida. A iniciativa também levanta questões sobre privacidade médica e a segurança dos dados coletados.


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Reino Unido pretende cadastrar o genoma de 5 milhões de bebês

Conheça o Projeto

O plano de sequenciar 5 milhões de genomas em cinco anos é a continuação de uma iniciativa britânica, o Projeto 100.000 Genomas, que foi lançado por David Cameron, no ano de 2012, em memória de seu filho que faleceu, vítima de um distúrbio neurológico raro.

A primeira meta dos 100.000 sequenciamentos foi atingida em dezembro do ano passado com muito êxito e, segundo o órgão de saúde responsável, o projeto permitiu a melhora no tratamento de 15.000 pacientes com câncer, que puderam descobrir doenças raras, por exemplo, que afetavam ainda mais a recuperação.

Para o final deste ano, os ministros já prometeram que os novos testes estarão disponíveis para todas as crianças diagnosticadas com câncer e adultos com determinadas doenças raras e cânceres difíceis de serem tratados.

De olho no futuro, Hancock espera disponibilizar para todas as crianças, ao nascerem, os testes em uma “revolução genômica” por todo o país. Tal medida permitira que os pais pudessem optar por serem alertados sobre possíveis riscos de saúde dos seus filhos e possibilitaria que o NHS oferecesse um tratamento mais personalizado, afirmam os especialistas da área médica.

Hancock afirmou, em uma conferência da Genomics England, que as crianças obteriam o “melhor começo de vida” caso recebessem o mapeamento genético, junto com verificações padrão que testassem doenças raras, como parte dos testes já realizados na maternidade.

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Fonte: Canaltech

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