Cinco estados brasileiros começam a receber informações do sistema de big data do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública (Sinesp). O governo apresentou nesta semana o conjunto de quatro ferramentas que poderá ser usado por agentes públicos no combate à criminalidade.
O pacote conta com:
- Sinesp Big Data: ferramenta que serve como banco de dados e base para todos os outro serviços;
- Big Data – Geo inteligência: sistema de geolocalização para indicar quando e onde uma ocorrência foi registrada. “Será possível, por exemplo, visualizar rotas de policiamento e mapas de calor com os locais onde mais acontecem crimes e em quais horários”, diz comunicado;
- Big Data – Tempo real: consulta e acompanhamento de ocorrências, verificação de sensores, visualização câmeras, viaturas e de pessoas com tornozeleiras em tempo real;
- Big Data – Busca: sistema de procura de boletins de ocorrências de outros estados e municípios que não o do oficial.
O sistema foi apresentado pelo ministro Sérgio Moro, durante Seminário de Boas Práticas em Tecnologia da Informação Voltadas à Segurança Pública. “O policial não pode estar em todo o lugar e quanto mais informações ele detiver, melhor. Inteligência é tudo. Informação é tudo”, reforçou Moro.
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A ideia da ferramenta é integrar sistemas de vários estados e municípios para que policiais tenham acesso a informações de outros casos e até possa consultar ações realizadas no passado. “Na prática, agentes de segurança poderão acompanhar as ocorrências de todo o país, buscar informações e ficha criminal de suspeitos, monitorar veículos roubados, atuar no combate ao tráfico nas regiões de fronteiras, além de agir de prontidão na prevenção de assaltos e homicídios”, informa comunicado do governo federal.
Os primeiros locais a receber a ferramenta são Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraná e Pernambuco. O governo também informou que o Ceará deve fazer parte desta primeira leva. O motivo é que o sistema foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), com base em uma prática de sucesso adotada pelo estado.
A proposta é de que, até o final do ano, a novidade chegue também aos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. Ainda não há previsão para que o serviço chegue a outras regiões.
Para colocar o programa de pé, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deve direcionar investimentos na casa de R$ 32 milhões para infraestrutura digital. Segundo o órgão, os estados não devem ter nenhum custo adicional para implementação do serviço de inteligência. Também ainda pelo comunicado, os dados, subsidiados por todos os órgãos da administração pública estadual e federal, serão hospedados em nuvem.
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Fonte: Canaltech