Conforme anunciado ao final do mês de março, o Twitter vem ampliando seus esforços na verificação de contas ligadas a profissionais ou entidades de saúde em sua plataforma. Segundo um porta-voz da empresa, a rede social de microblogs já implementou o selo de autenticidade de conta — o famoso “selinho azul” — a mais de mil especialistas do setor.
A intenção por trás da medida é bem óbvia: o Twitter tem se tornado a rede social de referência para notícias atualizadas sobre o avanço do SARS-CoV-2 (o novo coronavírus) e a doença que deriva dele, a COVID-19. Entretanto, à medida que muitas pessoas posicionam questionamentos sobre a declarada pandemia global, muitas pessoas usam da plataforma para publicar posts contendo fake news, campanhas de desinformação, venda de produtos e serviços falsificados ou não idôneos e teorias da conspiração.

A medida de verificação de contas era uma ferramenta usada pelo Twitter para assegurar a autenticidade de um perfil: geralmente direcionado a personalidades e empresas de alto tráfego e muito volume de engajamento, o símbolo azul assegurava que aquela conta era oficial e gerenciada pelas pessoas ou entidades que elas representavam. Dissemos “era” pois, de acordo com a página de suporte do Twitter, a verificação de contas está desabilitada desde 2017, com algumas verificações feitas após isso em caráter de exceção.
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Tanto é que os profissionais de saúde recentemente verificados pela empresa não têm a menor ideia de como é o processo que leva a rede social de microblogs a “premiar” um perfil com selo azul. Até onde se sabe, um formulário anunciado pelo Twitter em 20 de março deve ser preenchido, mas não se sabe muito o que vem depois disso.
To #COVID19 experts: we are prioritizing Verification for Twitter accounts that have an email address associated with an authoritative organization or institution. Here’s how to update the email address associated with your account:https://t.co/H4LkQYeGB8
— Twitter Support (@TwitterSupport) March 21, 2020
O Twitter disse estar baseando parte desse processo em “confirmações de autoridades da saúde pública” que poderiam confirmar que o candidato à verificação realmente é quem diz ser, mas o entendimento é o de que isso é variável de pessoa para pessoa. O volume de popularidade da conta também pode influenciar na decisão, em um fator não muito diferente do que pratica, por exemplo, o Instagram.
A rede social já disse também que, futuramente, pretende oferecer um novo formulário, mais aberto ao público e sem a necessidade de um intermediário, mas isso ainda não aconteceu.
De qualquer forma, a medida parece ser bem-vinda diante do atual cenário de pandemia: estudos indicam que o público oferece maior confiança em uma informação quando ela vem de doutores, mestres e especialistas, e menos quando advindas de outras fontes, como políticos. Assim sendo, a “oficialização” de mil contas certamente mostra um empenho da rede social em combater a desinformação.
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Fonte: Canaltech