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Viagens compartilhadas estão quase tão populares quanto Uber, diz estudo




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O Boston Consulting Group (BCG) começou o ano de 2020 com um estudo intitulado “A Nova Realidade da Mobilidade no Brasil”, que consiste basicamente num diagnóstico em torno do compartilhamento de viagens urbanas em carros privados no país. É aí que você deve estar perguntando “Mas, afinal, qual é essa nova realidade?”. Segundo esse estudo, essa viagem compartilhada já é, para as classes A, B e C, utilizada ao menos uma vez por semana por 55% dos brasileiros, quase tão popular quanto os veículos particulares – estes, usados por 58%. A pesquisa foi feita com base em entrevistas com mais de 1.500 brasileiros das classes A, B e C.

Além disso, essa mesma modalidade vem ajudando a quebrar a velha máxima do carro próprio como objeto de desejo, pois atualmente, 10% desses brasileiros não almejam adquirir um automóvel e 31% dos que não possuem uma carteira de motorista sequer consideram tirar uma. A empresa responsável pelo estudo traça um perfil dos usuários em que os aplicativos de caronas e de serviços de transporte privado têm maior penetração — mulheres e habitantes de grandes cidades. Os atributos mais destacados para a escolha dessa modalidade são a facilidade para uso e pagamento, possibilidade de beber e não precisar dirigir, despreocupação com estacionamento, divisão dos custos com corridas e autonomia.

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Viagens compartilhadas estão quase tão populares quanto Uber, diz estudo

Os especialistas também avaliaram os custos médios de diferentes meios de transporte: para quem roda até 5 mil quilômetros por ano em carros básicos ou 6 mil quilômetros em veículos com opcionais e câmbio automático — o que corresponde a 20% dos entrevistados —, é mais econômico se locomover por meio de transportes privados compartilhados que manter um veículo próprio. “O compartilhamento de carros no Brasil vem transformando o modelo de ‘posse’ de veículos. Com o aumento da popularidade dessa modalidade de transporte, a população passa a perceber cada vez mais o carro como um serviço, em vez de um bem”, explica Regis Nieto, um dos autores do estudo.


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O estudo descobriu que o percentual aumenta à medida em que aumenta o poder aquisitivo do cidadão, partindo de 51,9% na classe C para 70% na classe A — na qual a mobilidade compartilhada já é a segunda opção de transporte mais relevante, somente atrás do carro próprio. Nas cidades grandes (acima de 100 mil habitantes), o nível de penetração dos carros compartilhados chega a 62%, enquanto nas cidades menores é de apenas 37%.

O estudo também descobriu que o uso compartilhado de carros privados é mais popular entre as mulheres, cujo índice de penetração é de 60% — contra 50% dos homens, e que elas são incentivadas pela maior sensação de segurança quando comparado ao transporte público: 33% das mulheres participantes da pesquisa concordaram totalmente com a afirmação “não me sinto seguro utilizando transporte público”, enquanto, entre os homens, 24% concordaram totalmente com a afirmação.

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Fonte: Canaltech

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