Um nova mudança nas políticas de uso do YouTube vem causando reclamações de influenciadores e celebridades da internet: pelos novos termos de uso estabelecidos pela plataforma na última semana, o YouTube agora se dá o direito de excluir vídeos e canais inteiros caso eles “não sejam comercialmente viáveis”. Em outras palavras, a comunidade entendeu que se o vídeo que você publicar não gerar receita para o YouTube, ele pode ser removido da rede.
“O YouTube pode terminar o seu acesso, ou o acesso de sua conta no Google para todo ou parte do serviço caso o YouTube acredite, por sua própria discrição, que a oferta do serviço para você não é mais comercialmente viável”, aponta a nova regra. A mudança começa a tomar efeito a partir de 10 de dezembro, mas isso não impediu que algumas pessoas exibissem seu descontentamento agora.
“O YouTube vai atualizar seus termos de serviço em 10 de dezembro de 2019. Isso traz uma péssima possibilidade para o futuro dos criadores na plataforma. Parece que ele poderá fechar o seu canal se ele não for mais ‘comercialmente viável’”, disse o músico e vlogger Kizzume, que, vale citar, apagou o tuíte em seguida, trocando-o por uma versão mais analítica: “O YouTube vai atualizar seus TdS em 10 de dezembro. Existem várias formas de interpretar essa seção do novo documento. Eu originalmente havia dado minha conclusão de um resultado possível, mas no processo, acho que acabei mais é fazendo propaganda. Interprete isso como quiser, é preocupante de qualquer forma”.
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Christian Maracle, um youtuber que publica vídeos relacionados ao universo esportivo do wrestling, porém, foi bem menos complacente (e bem mais enfático):
“O YouTube foi longe demais com seus novos Termos de Serviço! Possivelmente fechar canais por eles não gerarem receita suficiente é o que vai fazer com que eles PERCAM DINHEIRO, e não ganhem mais! Nós criadores de conteúdo deveríamos ser RECOMPENSADOS pela nossa dedicação, não PUNIDOS!! Nós somos o dinheiro que você precisa!”, disse em um tuíte.
YouTube has gone too far with their new Terms Of Service! Possibly terminating channels because they don’t make enough money is what will cause them to LOSE MONEY, not get more!
Us creators should be REWARDED for our dedication, not PUNISHED!!
WE are the money you need! #FACTS pic.twitter.com/whbyNHCXhD
— Christian Maracle (@MaracleMan) 10 de novembro de 2019
O problema todo reside na forma como a apresentação dos termos foi feita: o site Mashable levanta a possível interpretação de que a atualização dos termos de uso seja feita especificamente para coibir discursos mais nocivos: vídeos racistas, ofensivos a gênero, sexualidade ou advoguem algum tipo de preconceito ou intolerância, por exemplo, não são “comercialmente viáveis”. Entretanto, o próprio site também aponta que a forma como isso foi formulado da documentação final gera espaço para dúvidas, e o Google deveria ser mais específico quanto a esse tipo de mudança.
Ademais, os termos atualizados não mencionam apenas o canal, mas também a conta do usuário como passível de exclusão. Em outras palavras, não apenas o YouTube, mas a pessoa excluída também perderia acesso ao Gmail, Maps, Drive e outros serviços que a empresa atrela sob o mesmo login.
No Reddit, a discussão também segue acalorada, com um post sobre o assunto chegando a 32 mil votos positivos e mais de 2 mil comentários.
O Google foi buscado pela mídia, mas ainda não respondeu à discussão em caráter oficial.
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Fonte: Canaltech