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“Nova” espécie de hominídeo é descoberta por meio de inteligência artificial




O emprego da inteligência artificial e machine learning nos trouxe mais uma descoberta interessante da ciência moderna: segundo estudo feito por pesquisadores do Instituto de Biologia Evolutiva (IBE-UPF), do Centro Nacional de Análise Genômica (CNAG-CRG) e do Centro de Regulação Genômica (CRG), todos estes na Espanha; e também especialistas da Universidade de Tartu, na Estônia; uma nova espécie de hominídeo pré-histórico foi identificada.

A descoberta se deu pela identificação de marcadores genéticos em pessoas asiáticas, que remetem a um humanóide híbrido, resultante do cruzamento entre os neandertais e denisovianos. Este híbrido cruzou com o homem moderno, há milhares de anos. Todo este processo foi conduzido por meio de aplicações de estatística e machine learning, e publicado na revista Nature.

Pesquisadores espanhóis descobriram nova espécie de hominídeo que descende diretamente do Homem de Neandertal; uso de machine learning foi essencial para o estudo

Segundo a pesquisa: neandertais e denisovanos mantiveram relações cruzadas em boa parte da pré-história — um fato já conhecido e comprovado pelos especialistas graças à descoberta de um osso humano encontrado em Denisova (Sibéria), em 2018. Dessas relações, humanóides híbridos nasceram e cruzaram com o homem moderno, este saído da África em direção ao continente asiático.

De acordo com o pesquisador do IBE-UPF de Barcelona, Jaume Bertranpetit, “há aproximadamente 80 mil anos aconteceu o conhecido ‘Out of Africa’ (‘Saída da África’, na tradução literal), quando uma parte da população humana deixou o continente e se estendeu para outros, dando lugar a todas as populações atuais. A partir daí, sabíamos que tinham acontecido cruzamentos de humanos modernos com neandertais em todos os continentes, menos na África; e com os denisovanos na Oceania e, seguramente, no sudeste da Ásia, mas a evidência de cruzamentos com uma terceira espécie extinta ainda não tinha sido confirmada com certeza”.

Bertranpetit ainda explicou que essa espécie não catalogada já era objeto de teoria entre cientistas do ramo, mas somente o advento do machine learning, que consiste de sistemas computacionais de aprendizado automático por meio de algoritmos, é que foi possível confirmá-la factualmente.

Fonte: Canaltech

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