O celular é uma ferramenta essencial para a maioria das pessoas, seja pessoal ou profissionalmente, dentro ou fora de casa. Por isso, somos mais dependentes das operadoras de telefonia móvel, que fornecem o sinal para o aparelho ter conexão com a internet e realizar ligações.
Entretanto, existem locais em que esses sinais podem apresentar oscilações, podendo impactar negativamente no consumo de bateria do smartphone. Para saber se isso é mito ou verdade, realizamos o teste prático.
O 5G consome mais bateria do celular?
No Brasil, existem dois tipos de 5G em atuação com maior destaque, o 5G DSS e o 5G SA. O 5G SA é considerado o “5G puro” por funcionar em uma infraestrutura própria, fornecendo alta velocidade para os smartphones com modens compatíveis. Já a versão 5G DSS é uma “gambiarra” que explora a infra do 4G, mas garantindo uma rede mais moderna do que a geração anterior.
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Algo que não muda entre as opções de 5G é o fato de essa rede ainda estar em implementação e estruturação no Brasil. Segundo dados da Anatel de fevereiro de 2024, mais de 3.000 municípios de todo o país já contam com 5G, ou seja, mais da metade. A previsão é de que todas as cidades do Brasil tenham a nova rede em 2029
Logo, é natural haver oscilações constantes de sinal em lugares onde não tenham tanta cobertura, impactando negativamente na usabilidade dos dados móveis. Por este motivo, o celular passa por um processo maior de drenagem da bateria, já que ele estaria sempre alternando entre as redes 5G e 4G.
Dados móveis gastam mais a bateria do celular?
Em nossos testes práticos, utilizamos dois celulares Galaxy A54 5G, cada um com um chip das operadoras Vivo e Tim. Ao longo de vários dias, sem qualquer influência de aplicativos ou Wi-Fi, os aparelhos ficaram ligados na rede de dados móveis, para ser possível entender o quanto as oscilações de sinal podem impactar no consumo de bateria dos smartphones.
Considerando que o chip da Tim apresentou variações entre o 4G e o 5G constantemente, neste formato de uso, sua bateria durou 10 horas a menos do que o outro modelo. Porém, a versão com o chip da Vivo não estava com crédito, e isso não permitiu a ativação do seu 5G.
Por este motivo, na minha opinião, mesmo que o 5G estivesse ativo no chip da Vivo, o resultado não seria alterado. Afinal, pelas imagens acima, é notório que a barra de sinal da Vivo se manteve estável, ao contrário da Tim. Na prática, isso significa que existem mais antenas da Vivo na região do ABC para manter o sinal estabilizado constantemente.
Conclusão
Quando o celular fica sem sinal de operadora, ou passa por constantes oscilações, a bateria é drenada mais rapidamente porque há uma maior busca por sinal estável. Seja para o uso do 4G/5G ou apenas para ligações, é importantíssimo que a infraestrutura de rede mantenha o dispositivo conectado o tempo todo.
Obviamente, pode acontecer de algum problema no processo de montagem do dispositivo, ou até mesmo do chipset embutido nele, impactar negativamente na recepção do sinal. Porém, considerando todo o panorama, por padrão, redes de celular mais instáveis fazem os celulares precisarem de mais recargas diárias.
Por isso, na minha opinião, é importante pesquisar qual é a melhor operadora da sua região em quantidade de antenas. Assim, o impacto na autonomia do celular terá maior relação com o seu uso pessoal do que com a estrutura de rede do local.
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Fonte: Canaltech
